Carcará tem inspiração no Deus Dionísio

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  • Paulo Leandro

Publicado em 23 de fevereiro de 2022 às 05:28

- Atualizado há um ano

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A presença do deus da Inspiração, Di-oniso (“Dionísio”), seria a adivinhação dos problemas a aguardarem o Centro Sportivo Alagoano, hoje, no Estádio Antônio Carneiro, pela Copa do Brasil, diante do nosso campeão, o Atlético de Alagoinhas. 

Seu nome vem do fato de ter nascido duas vezes (Di-oniso), pois Zeus o gerou na coxa, após a morte da mãe Sêmele: não venham os visitantes cantarem empate, mesmo bastando o resultado igual e começando com vantagem do 0x0.

Devem os de fora preocupar-se em jogar bola, pois do lado da nossa ave de rapina, o Carcará, estará Dionísio, xará da divindade dedicada ao delírio místico desde os primórdios da dita “civilização” ocidental.

Seria Di-oniso capaz de enlouquecer qualquer esquema fechadinho dos cabras de Delmiro Gouveia e Canapi, por onde o capitão Virgulino, Corisco, Volta Seca, Cacheado, Zé Sereno e tantos outros heróis da caatinga levaram o terror aos macacos das perversas elites rurais.

Filho do dono da zorra toda, Zeus, e Sêmele, portanto, neto da Harmonia, pertence Dioniso à segunda geração dos olímpicos, irmão querido de Hermes, Apolo, Ártemis, entre outras deusas e deuses, todos escalados juntos com os mortais orientados por Agnaldo Liz.

Vale destacar a capacidade do ex-zagueiro do Vitória, ao disputar três competições, como trabalhos de Hércules, acrescentando-se a Hidra da Copa do Nordeste e a limpeza dos estábulos do ‘Anão’ 2022.

Com a sabedoria de Palas Athená, tem Agnaldo poupado titulares, dando moral a quem está por ora na condição de reserva, formando mosaico integral, uns torcendo pelos outros, pluribus unum!

Serão mais de 11 jogadores em campo, pois a substância ‘Atlético’ ficaria incompleta sem suas essências: Fábio Lima, Edson, Bremer, Iran, Lucas, Dionísio, Miller, Thiaguinho, Gabriel, Jerry, Reninha, Caetano, Paulinho, Sobral e Rael. 

Bahia de Feira Amanhã será a vez do Bahia de Feira, vice-campeão baiano, enfrentar o Coritiba, na mesma situação de precisar reverter a vantagem oferecida ao visitante de jogar pelo empate.

O Tremendão de ‘Indiana’ Diones e Deon tem provado ser o Campeonato Baiano mais interessante em relação a outras competições mais badaladas, pura publicidade enganosa ou leotria para os itapagipanos.

Quer de prova, lembre o bom empate conquistado diante do Barcelona, com o golaço de fora da área de Deon, reativando o excelente narrador o verbo “descair” no dicionário do nosso amado futebolês.

Cair é fácil de entender, até Newton, ao perceber a maçã ter sido puxada para o chão, mas “descair” só nós baianos, viu pae, servindo para representar, via inusitado e certeiro verbo, quando a bola subverte a lei da gravidade e quica no terreno antes de iludir o goleiro.

Percebi quanta diferença quando assisti Paris São Germano x Real Madri de Francisco Franco, grande enganação, salvaram-se o bom goleiro dos espanhóis e o golaço de Mbappé.

Quando foi de noite, tava passando Unirb x Doce Mel. Um jogão entre dois times em luta para evitar cair para as últimas posições no estadual. O duelo Chorinho x Joaninha só não sobressaiu devido ao gol de Badio, sim, Badio, sem o sotaque de Caldogno, Itália.

Viva o Carcará, o Tremendão e o fútil-ball baiano dos cartolas ricos e seus coiteiros!

Paulo Leandro é jornalista e professor doutor em Cultura e Sociedade.