Caso Atakarejo: polícia visita locais usados por traficantes que mataram tio e sobrinho

Imóveis no Complexo do Nordeste de Amaralina serviam como esconderijos e também para armazenar materiais ilícitos

  • D
  • Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2021 às 10:58

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Alberto Maraux/SSP

Casas utilizadas como esconderijos por traficantes que participaram das execuções de Bruno Barros e Yan Barros foram alvos de busca e apreensão, na manhã desta quinta-feira (1), no Complexo do Nordeste de Amaralina. Equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Polícia Militar (Rondesp Atlântico e 40a CIPM) cumpriram as ordens judiciais.

Os criminosos integram uma organização criminosa, presente naquela localidade, envolvida com a venda de entorpecentes, homicídios, roubos, porte ilegal de arma de fogo e corrupção de menores. (Foto: Alberto Maraux/SSP) "Estamos juntando as peças desse quebra-cabeça e, em cada ação, vamos elucidando toda a dinâmica dos fatos", contou a diretora do DHPP, delegada Andréa Ribeiro, acrescentando que os cumprimentos realizados nesta quinta-feira, fazem parte da 2ª fase da Operação Retomada, deflagrada, no dia de ontem.

Com a 2ª fase da Operação Retomada, a polícia conseguiu identificar o papel de cada um no caso Atakarejo. “Conseguimos identificar quem teria participado.  Quem teria levado as vítimas para o complexo do Nordeste de Amaralina, quem foram os executores, quem participou do descarte dos corpos e quem foi o mandante. É uma fase de suma importância. Temos o esclarecimento de todos os indivíduos que participaram do crime”, declarou a diretora do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Andréa Ribeiro. 

No dia 26 de abril, após Bruno Barros e Yan Barros serem detidos furtando carnes, no supermercado Atakarejo de Amaralina, tio e sobrinho foram mortos no Complexo de Amaralina e os corpos deixados no bairro de Polêmica. As vítimas foram colocadas no porta-malas de um carro modelo I30. O veículo estava com placa clonada e havia sido roubado há cinco dias.

A delegada não revelou os nomes dos  alvos e outros detalhes da investigação, mas ela acredita ter elementos para concluir o inquérito. “Depois da deflagração de hoje creio que já tenhamos condições para concluir o inquérito. Agora, é lógico que estamos atentos a novos fatos, novas versões que possam somar ao inquérito policial. O foco da investigação sempre foi direcionado ao fato em si. As vítimas foram arrebatadas dentro da loja e lavadas para o tribunal do crime. Então conseguimos esclarecer os fatos em todo o seu desenrolar, desde o momento em que elas são arrebatadas até o momento em que elas são executadas, chegando no mandante da execução”, disse Andreia. 

A operação começou logo nas primeiras horas da última quarta-feira (30). Os policiais prenderam dentro do complexo um traficante responsável por descartar os corpos de Bruno Barros e Yan Barros, após serem detidos furtando carnes, no supermercado Atakarejo. Havia um mandado de prisão contra ele. 

“Essa segunda fase da operação dar continuidade às investigações. Nessa etapa agora nos concentramos em identificar os indivíduos que participaram da execução das vítimas. Então, nossas equipes estão em campo, em terreno cumprindo mandados de busca e prisão relacionados aos executores do crime. As nossas equipes estão em campo ainda, nossa ação é dinâmica, não tem horário predefinido e até o final do dia teremos mais informações para passar”, declarou a delegada. 

Na 1ª fase da Operação Retomada, promovida pelo DHPP, no dia 10 de maio, oito pessoas, entre seguranças e traficantes, acabaram presas. Além das capturas, celulares dos envolvidos foram apreendidos e continuam sendo analisados pelos investigadores do DHPP, com suporte do Departamento de Polícia Técnica (DPT).