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Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2022 às 18:39
A Coordenação de Vigilância Epidemiológica (Viep) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Vitória da Conquista emitiu um alerta aos pais sobre a ocorrência da doença mão-pé-boca (DMPB) em crianças.>
De acordo com o órgão, o alerta vai, principalmente, para crianças menores de cinco anos de idade, embora também possa afetar os adultos.>
Embora tenha afirmado que escolas e creches do município têm registrado casos da síndrome em alunos, não foi especificada a quantidade de casos, uma vez que a síndrome mão-pé-boca ainda não é classificada pelo Ministério da Saúde como um agravo para notificação compulsória, por isso as ocorrências não são contabilizadas, de acordo com a Secretaria.>
A orientação é que dois ou mais casos relacionados entre si devam ser notificados como surto e monitorados até uma semana após o surgimento do último caso.>
“Já estamos fazendo um movimento junto às escolas da rede municipal e também da rede privada, de forma pontual, para esclarecimentos e orientações acerca das doenças na infância e a importância dos cuidados para evitar transmissão coletiva”, afirmou a coordenadora da Viep, Amanda Maria Lima.>
Doença>
A doença é uma infecção viral contagiosa, causada pelo enterovirus Coxsackie A16, que provoca lesões na boca e erupções nas mãos e pés.>
A transmissão se dá por via oral ou fecal, através do contato direto com secreções de via respiratória (saliva), feridas que se formam nas mãos e pés, pelo contato com as fezes de pessoas infectadas ou através de alimentos e objetos contaminados.>
Os sintomas podem durar por uma semana, quando ocorre o maior risco de contágio da doença. Os principais sinais e sintomas são:Febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões; Aparecimento de manchas vermelhas com bolhas branco-acinzentadas no centro, que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas na boca, amígdalas e faringe; Erupção de pequenas bolhas, em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés e, ocasionalmente, nas nádegas e na região genital; Mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia; Dificuldade para engolir e excesso de salivação, devido à dor. O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas, localização e aparência das lesões. Ainda não há um tratamento específico para a doença. Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias. Por isso, na maior parte dos casos, o tratamento é feito com antitérmicos e anti-inflamatórios. O ideal é que a criança permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta.>
A Secretaria afirma que, em caso de sintomas característicos da doença, a criança deve ser levada à Unidade de Saúde mais próxima, para diagnóstico e orientações, e iniciar o tratamento e controle da síndrome.>
Ainda não existe uma vacina contra a doença mão-pé-boca. De acordo com nota, medidas de prevenção e interrupção da cadeia de transmissão são importantes, como: afastamento da criança sintomática da escola ou creche até recomendação médica para o retorno; lavagem frequente das mãos com água e sabão, especialmente depois de trocar fraldas e usar o banheiro; evitar contato próximo e compartilhamento de utensílios; limpeza e desinfecção de superfícies, incluindo brinquedos.>