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Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2019 às 18:39
- Atualizado há 2 anos
Quatro testemunhas de defesa do comandante da lancha Cavalo Marinho I, Osvaldo Coelho, e da CL Transportes, empresa dona da embarcação, foram ouvidas em uma audiência no Fórum Distrital de Vera Cruz, na Ilha de Itaparica, nesta quinta-feira (5). Elas contaram que o acidente foi causado pelas ondas altas provocadas pelo mau tempo no dia da tragédia.>
No total, os advogados de defesa apresentaram sete testemunhas, sendo três homens e quatro mulheres. O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) informou que as outras três serão ouvidas no dia 14 de novembro, data em que ocorrerá uma nova audiência.>
A lancha Cavalo Marinho I adernou na Baía de Todos-os-Santos, em agosto de 2017, quando fazia a travessia entre o Terminal Marítimo de Mar Grande, em Vera Cruz, e o Terminal Náutico de Salvador. Havia 116 pessoas a bordo e o acidente deixou 19 mortos - 13 mulheres, três homens e três crianças. Embarcação adernou no início da manhã de 24 de agosto de 2017 (Foto: Divulgação/ SSP) Confira o especial do CORREIO sobre a tragédia>
Todas as testemunhas de acusação já foram ouvidas. Depois dessa etapa, o processo chegará à fase das requisições das partes - quando o juiz pode requisitar, como pedido da defesa ou da acusação, novas perícias e diligências. Em seguida, ocorrem as considerações finais, quando o magistrado analisa todo o processo para proferir a sentença.>
Procurados, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) e a defesa da CL Transportes, empresa dona Cavalo Marinho I, disseram que acompanharam toda a audiência, mas optaram por não comentar o caso.>
O CORREIO tentou contato também com a defesa de Osvaldo Coelho, comandante da embarcação, sem sucesso. No total, 19 pessoas perderam a vida (Foto: Marina Silva/ CORREIO) No dia 18 de julho deste ano foi realizada a última audiência das testemunhas de acusação. Foram ouvidas oito pessoas no total. Nesta quinta, o titular da Vara Crime de Itaparica, o juiz Eduardo Augusto Faria Almeida interrogou as testemunhas da defesa.>
A tragédia também é investigada na Justiça Militar. O Tribunal Marítimo, que apura as causas do acidente, prevê o julgamento do processo ainda este ano. Na época, a Capitania dos Portos de Salvador instaurou um Inquérito Administrativo sobre Acidente e Fato da Navegação (IAFN).>