Cebola cai de preço e derruba inflação na Região Metropolitana de Salvador

Em maio, inflação da Região Metropolitana de Salvador foi de 0,11%

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  • Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2019 às 10:49

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arquivo CORREIO

Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, ficou em 0,11% na Região Metropolitana de Salvador (RMS), com importante desaceleração em relação a abril, quando havia sido de 0,83%. Ficou também significativamente abaixo do índice de maio de 2018 (1,11%). Foi ainda o menor IPCA para um mês de maio, na RMS, desde 2000, quando o indicador havia ficado em 0,07%. Dos cinco itens que mais seguraram o índice em maio, quatro foram alimentos: farinha de mandioca (-13,29%), batata-inglesa (-21,1%), cebola (-24,51%) e tomate (-5,01%);

O índice de maio na RM Salvador (0,11%) ficou um pouco abaixo da média nacional (0,13%) e foi a terceira menor alta entre as 16 áreas pesquisadas. A inflação do mês foi maior em Rio Branco/AC (0,67%), Goiânia/ GO (0,48%) e Campo Grande/MS (0,42%). Por outro lado, a Região Metropolitana de Curitiba (-0,03%), Brasília (-0,05%) e a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (-0,05%) tiveram deflação em maio.

Com o resultado do mês, o IPCA na RM Salvador acumula alta de 2,27% de janeiro a maio de 2019. No país como um todo, o índice acumulado neste ano está em 2,22%. Já no acumulado nos 12 meses encerrados em maio, a inflação na RM Salvador desacelerou para 4,21%, frente aos 5,26% registrados nos 12 meses encerrados em abril, ficando abaixo da média nacional (4,66%).

Dentre os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA, quatro apresentaram altas em maio, na Região Metropolitana de Salvador: Habitação (+1,34%), Vestuário (+1,21%), Transportes (+0,65%) e Saúde e cuidados pessoais (+0,12%).

Entretanto, em razão do seu peso nos orçamentos das famílias na RMS, as despesas para morar e se locomover foram as que mais puxaram para cima a inflação do mês.

No grupo Habitação, a energia elétrica (+6,35%) exerceu o principal impacto. Foi também o item que individualmente mais contribuiu para a alta do IPCA na Região Metropolitana de Salvador. O aumento foi influenciado pela entrada em vigor, em maio, da bandeira tarifária amarela, com custo adicional de R$ 0,01 para cada quilowatt-hora consumido, além de refletir o reajuste ocorrido no fim de abril.

Dentre as despesas com moradia, o aumento do gás de botijão (+2,02%) também foi importante para a inflação de maio na RMS.

Já no grupo Transportes, além da alta dos ônibus intermunicipais (+3,39%), os combustíveis (+1,40%) voltaram a exercer uma pressão importante, com aumentos na gasolina (+1,21%), no etanol (+2,06%) e no diesel (+2,61%).

Após ter sido uma das principais pressões inflacionárias nos primeiros meses do ano, os alimentos, sobretudo os cionsumidos em casa, tiveram em maio uma deflação importante (-1,09%) e contribuíram de forma decisiva para a desaceleração do IPCA do mês, na RMS.

Dos cinco itens que mais seguraram o índice em maio, quatro foram alimentos, muitos dos quais vinham com fortes altas em 2019. A farinha de mandioca (-13,29%) exerceu a maior contribuição individual no sentido de conter a inflação na RM Salvador, seguida pela batata-inglesa (-21,1%), a cebola (-24,51%) e o tomate (-5,01%).