Cenas de Carnaval: Bell Marques

A força que vem do povo e dá energia

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  • Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Robson Mendes/Arquivo Correio
. por Arquivo CORREIO

Às vezes parece que o artista, de cima do seu palco, não enxerga quem está embaixo, sedento por um aceno, por um carinho. Engana-se. Dali de cima, se consegue perceber - por diversos momentos - as fisionomias de muitas pessoas, ler os recados, entender os gestos. Até porque, para o artista, tudo isso é energia. Um dos cantores que conseguem mais extrair e devolver ao público na história da música baiana chama-se Bell Marques. Aos 66 anos, ele irá completar 40 carnavais em 2020. Em 1980, comandava a banda Scorpius, que, no ano seguinte, passou a ser conhecida como Chiclete com Banana.  Mais de três décadas depois, em 2014, começou sua carreira solo, arrastando os fãs do ‘Chicletão’ junto. Compreensível, afinal, Bell é o epicentro da energia que a banda tinha, uma energia trocada com o público sempre de perto, se possível. “A gente, quando chega um certo tempo, começa a entender que precisa se reinventar o tempo inteiro. Desde sempre fui ousado. Cada vez quis ficar mais perto do público. Sou um bicho de palco, nasci no palco. É bem assim, uma relação muito própria, de pegar na mão, de receber uma energia”, explica Bell. 

[[galeria]] O artista entende isso porque também é fã de alguém. Um dia era ele quem estava ali embaixo pedindo atenção. “É tudo muito bacana. Tenho  certeza que tem gente por aí que se espelhou em mim, como eu queria ser igual a Moraes (Moreira). Os Novos Baianos sempre foram uma referência para mim no Carnaval”, revela. Até por isso, Bell lembra do seu segundo Carnaval, em 1981, como um momento marcante de sua vida. “Tenho essa lembrança firme, no primeiro momento que cheguei na Castro Alves com o trio. Para os pequenos era um troféu. Ser acolhido pelos grandes astros era difícil. Quando chegamos até lá e percebi que fomos abraçados pelos artistas como o próprio Moraes, começou a jornada  que não teve mais volta”. 

*Cenas de Carnaval é um oferecimento do Bradesco, com patrocínio do Hapvida e apoio da Claro, Fieb, Salvador Shopping, Vinci Airports e Unijorge