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O Príncipe do Gueto é um fenômeno musical e social
Publicado em 10 de fevereiro de 2019 às 05:00
- Atualizado há um ano
Tudo nosso, nada deles. Há muita coisa acontecendo nas ruas, esquinas, becos e vielas de Salvador do que o Carnaval pode mostrar ao grande público. E o último grande fenômeno se chama Igor Kannário.
Em 2015, pouco tempo após ser preso por porte de maconha, ganhou da Prefeitura a chance de puxar um trio sem cordas. Era um pedido do seu público fiel, que, mostrou no Campo Grande a resposta.
Eram milhares, incontáveis rostos, dançando e gingando ao som do filho da Liberdade, que tem um jeito autêntico nas letras e na música. Kannário, como ele mesmo diz, não canta aquilo que se ensina na escola, mas o que se entende nas ruas.
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O Príncipe do Gueto ganhou tantos adeptos e tanta representatividade que acabou seguidamente sendo eleito vereador (2016) e deputado federal (2018). Um fenômeno da música e das urnas porque é um fenômeno social.
E nada mais normal que os fenômenos provocarem polêmicas, já que fogem ao padrão. Kannário apoia a legalização da maconha e é crítico à brutalidade da Polícia Militar nas favelas, fugindo da mesmice dos artistas baianos no assunto.
O estilo e as falas do cantor podem parecer estranhas a alguns, mas seu grande público só mostra que ele sabem bem o que diz.
*Cenas de Carnaval é um oferecimento do Bradesco, com patrocínio do Hapvida e apoio da Claro, Fieb, Salvador Shopping, Vinci Airports e Unijorge