Cheque especial, alta do dólar, gastos com saúde

Por Edísio Freire

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  • Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2018 às 06:00

- Atualizado há um ano

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Edisio, o que são as novas mudanças no cheque especial? O que isso vai impactar no nosso bolso? Ana Célia Almeida

Olá Ana. O que está acontecendo com a linha de crédito do Cheque Especial é o que já vem acontecendo com outras linhas de crédito, que é a criação de medidas que visam reduzir os níveis de inadimplência com a oferta de linhas de crédito alternativas. O objetivo é dar a opção ao consumidor de se organizar melhor financeiramente optando pelo parcelamento da dívida com o cheque especial, aderindo a uma linha com juros menores e com opção de parcelamento.  Essas medidas ajudam o consumidor a se organizar, mas é preciso ficar atento porque as taxas de juros cobradas são muito altas e, não havendo um adequado planejamento, o cenário de endividamento pode se agravar. 

Tenho uma viagem prevista para o exterior em outubro. Como deve ficar o comportamento do dólar até lá? O que devo fazer: aguardo ou troco a moeda o quanto antes? Bruno Lima

Olá Bruno. Os últimos dias têm sido de muita volatilidade no mercado financeiro, bolsa disparando, dólar subindo e a incerteza instalada entre os investidores. Não dá para cravar qual será a cotação do dólar até o final do ano, mas considerando o comportamento do mercado, há a perspectiva de que a moeda irá subir ainda mais até o final de 2019. Desde o inicio do ano o dólar subiu aproximadamente 16,7%, e a tendência é que até dezembro supere a marca dos  R$ 4. A melhor forma de planejar a compra de dólar para sua viagem é comprar de forma fracionada. Se organize e compre aos poucos, assim você não corre um risco maior de acabar comprando no momento de alta. Não estamos falando em potencializar ganhos com o câmbio, mas sim de reduzir possíveis perdas comprando de forma fracionada.

Com o percentual de coparticipação cada vez mais alto é vantagem manter um plano de saúde, atualmente? No final das contas, tenho a sensação que estou pagando duas vezes: a mensalidade do plano mais o serviço de saúde. Priscilla Santos

Olá Priscila. Quando analisamos o nosso orçamento mensal os gastos com saúde normalmente são os mais importantes, afinal de contas “com saúde não se brinca”. Contudo, esse grupo tem uma alta representatividade em relação a todas as despesas do mês e em alguns casos a família opta por deixar de pagar o plano de saúde por não caber no orçamento. Apesar de ser uma triste realidade, é fundamental que façamos o possível para manter essa despesa, considerando a baixa qualidade do serviço público e o risco iminente de um determinado atendimento. Os planos de saúde oferecem a opção de coparticipação, uma alternativa com custo fixo mensal menor, mas que pode se tornar um peso no orçamento. Recomendo avaliar as condições do plano e a necessidade de uso do serviço pelo usuário para saber se vai ser melhor a contratação do plano tradicional ou o com coparticipação.

Como começar a investir de forma descomplicada? Quero um investimento que não seja a poupança, que tenha uma boa rentabilidade mas que não seja tão complicado de administrar. Ricardo Melo

Olá Ricardo. O mercado financeiro está muito mais acessível, com ferramentas interativas e tutoriais. As instituições avançam e inovam em tecnologia para manter o cliente cada vez mais próximo. Isso torna o acesso a produtos financeiro cada vez menos complicado, porém, o mais importante não é isso. Para fazer uma boa escolha é preciso definir quanto ira investir, por quanto tempo e qual o perfil do investidor. Considerando um perfil moderado, existem opções de Fundos de Investimento, tanto de renda fixa como multimercados, que oferecem boa remuneração e têm operação muito simples, inclusive podendo programar aportes mensais de forma automática. Fique atento para as taxas de administração, que não devem superar os 2% ao ano, e à rentabilidade, cujo o ideal é sempre igual ou superior à do CDI.