Chicleteiro Raiz: Pipoca do Chiclete arrasta os fãs mais fiéis no Circuito Barra Ondina

No último dia de Carnaval, a Pipoca do Chiclete é no Campo Grande, a partir das 15h

  • Foto do(a) author(a) Priscila Natividade
  • Priscila Natividade

Publicado em 5 de março de 2019 às 01:04

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Priscila Natividade/ CORREIO
. por Foto: Priscila Natividade/ CORREIO

E lá se vão cinco anos desde o último Carnaval do cantor Bell Marques sob o comando do Chiclete com Banana. Na época, a banda que se tornou uma religião, arrastou multidões e fez muita gente chorar ao som de Diga que Valeu. Depois de Bell, o cantor Rafa Chagas assumiu os vocais, mas a escolha não empolgou muito os fãs do Chicletão. 

Quem imaginaria que o Chiclete ficaria um ano sem desfilar no Carnaval de Salvador? Pois ficou. Pelo menos, até entregar os vocais a um chicleteiro que muitas vezes foi até chamado de sósia de Bell: o ex-vocalista da banda Patchanka Khill – que vamos combinar – nunca escondeu sua paixão pelo Chiclete. 

ACOMPANHE TODAS AS NOTÍCIAS DO CARNAVAL CORREIO FOLIA 2019

Essa história toda deve ter passado pela cabeça e coração da nação chicleteira raiz que marcou presença na pipoca do Chiclete na noite desta segunda-feira (04), durante sua passagem no Circuito Barra Ondina. Fãs, como o motorista Augusto César Ferreira, que garante que morre chicleteiro e perdeu as contas de quantas vezes foi atrás do trio. “O chicleteiro de verdade está aqui. Ele respeita a história da banda”. 

Fiel há mais de 30 anos do swing do Chiclete, a história de amor começou quando Augusto viu aquele mar de gente na Avenida. “Eu parei no swing do Chiclete. Me deixava doido. Waltinho tocando, arrepia. É inexplicável ser chicleteiro”, completa. 

[[galeria]]

Que Chiclete é esse?

Não é lambada, não é merengue, é Chiclete com Banana. Para a educadora Dinajara Leão ser chicleteira foi uma herança de família. “Meu pai era chicleteiro e passou essa paixão para mim. E agora eu passo para meu neto que não quer saber de pagode só ouve Chiclete. A banda é uma relíquia. Quem reconhece o seu valor não vai largar nunca”. 

De chicleteiro para chicleteiro, Khill fez a alegria dessa pipoca apaixonada, circuito Barra Ondina a fora, ao som de sucessos e clássicos da trajetória da banda como Voa Voa, Quero Chiclete, Vumbora Amar e Ele Não Monta na Lambreta.  Um ano a frente da banda,  Khill afirma que é esse carinho do público que não abandona o Chiclete por nada, que mantém a energia contagiante do Chicletão. 

“Não existe uma receita para descrever o que é ser chicleteiro. Acredito que já nascemos predestinados a isso. A sonoridade da banda é única. E é toda essa emoção dos próprios chicleteiros que nos inspira”, afirma o cantor, que puxa novamente a Pipoca do Chiclete desta vez, no Campo Grande. A concentração deste domingo (05) está prevista para às 15h. 

A cobertura do Correio Folia conta com o apoio institucional da Prefeitura de Salvador.