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Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2021 às 20:11
- Atualizado há 2 anos
O pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), defendeu, nesta segunda-feira (5), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha a “generosidade” de não disputar a eleição no ano que vem em nome de uma aliança contra o presidente Jair Bolsonaro.>
A declaração foi dada em um debate virtual sobre a reforma administrativa organizado pela Central dos Sindicatos Brasileiros. Ciro sugeriu que Lula se inspire no exemplo de Cristina Kirchner, que deu um “passo para trás” e aceitou ser vice de Alberto Fernández, na chapa que venceu as últimas eleições presidenciais na Argentina.>
Ciro ainda citou outros líderes da América Latina, mas desta vez, pedindo que Lula não os tenha como exemplo, se referindo ao ex-presidente da Bolívia Evo Morales e o do atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.>
“A gente devia pedir generosidade a quem já teve oportunidade, como o Lula, que é uma grande liderança brasileira. Mas a gente devia pedir a ele que se compenetrasse e não imitasse o exemplo desastrado do (Nicolás) Maduro na Venezuela ou do Evo Morales na Bolívia. E olhasse o que a Cristina Kirchner fez na Argentina em que, tendo uma força grande, deu um passo pra trás e ajudou a Argentina a se reconciliar”, disse Ciro. >
Ainda segundo o ex-ministro, o Brasil precisa se “reconciliar consigo mesmo” e não reproduzir no processo eleitoral de 2022 a “lógica do ódio” e de um enfrentamento vazio na discussão sobre o futuro do país. >
“Derrotar Bolsonaro é muito importante, não por ódio a ele, mas para derrotar o desastre que ele está produzindo, na saúde, na economia, na relação internacional que o Brasil está desmoralizado. Mas a segunda grande tarefa, mais difícil e que pede uma grande reconciliação entre todos nós, é botar algo no lugar nesse ambiente de terra arrasada em que nós estamos”, disse. >
Ciro disse que crê que a direita brasileirA largará Bolsonaro em busca de um novo rosto na disputa das eleições. “A direita brasileira vai largar o Bolsonaro ao mar e vai tentar se reciclar aí com uma carinha qualquer e vão fazer propaganda. E isso o Brasil não aguenta mais”, disse. >