Cobra é encontrada por banhistas na praia de Jaguaribe

Jibóia ficou escondida entre cadeiras

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  • Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2022 às 13:33

. Crédito: Péricles Cordeiro/Arquivo pessoal

Uma cobra foi encontrada por banhistas na praia de Jaguaribe, em Salvador, na manhã desta quinta-feira (14). Entre cadeiras, o animal só foi percebido pelos presentes quando uma mulher sentiu algo encostando em sua perna.

"Estávamos na praia quando vimos duas meninas agitadas. Ela estava sentada na cadeira quando sentiu algo na perna dela. Quando ela olhou, era uma cobra", contou Cecília Oliveira.

Mas os banhistas não se acanharam, e continuaram no local. De acordo com Cecília, o animal ficou imóvel, quase passando despercebido no ambiente, que estava movimentado, por volta das 12h. "As meninas só trocaram de cadeira mesmo", riu.

De acordo com o analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Alberto Santana, que analisou as imagens enviadas por Cecília, tudo leva a crer que se trata de uma jibóia. O animal, não peçonhento, é conhecido por matar suas presas por asfixia.

"Caso fosse uma sucuri, seria mais comum encontrar, porque muitas vezes elas se movem com os rios com o objetivo de capturar peixes em cardume, mas no caso da jibóia, ela está em lugar totalmente indevido", esclarece.

De acordo com Santana, a jibóia é um animal que vive em árvores, e, pode até se deslocar pelo chão, mas prefere se locomover por onde há vegetação. "Ela pode ter vindo na tentativa de se alimentar de ratos, já que é uma predadora desses roedores. Deve ser avaliada pelos especialistas no Centro de Triagem para retornar ao seu habitát", explica.

Ele esclarece que, embora não tenha o costume de atacar pessoas, a jibóia tem uma picada violenta, que pode causar lesão, e até necrose no local. Além disso, o animal se alimenta de insetos e roedores, e, por isso, a picada pode contaminar a pessoa atingida.

O especialista do Ibama reforça que, nesses casos, a forma correta de agir é não se aproximar do animal, ligar para a Guarda Civil municipal, ou para a Companhia de Proteção Ambiental da Polícia Militar, que encaminham profissionais para o resgate. Depois, o animal é analisado pelo Ibama, que decide se está em perfeitas condições para voltar ao seu habitát.

O animal foi resgatado pelo Grupo Especial de Proteção Ambiental (Gepa), da Guarda Civil Municipal (GCM), por volta das 13h30 e entregue, junto com outros animais capturados pela manhã, no  Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Inema.