Cocaína na praia: mais de R$ 2 milhões da droga apreendidos no Sul da Bahia

Material estava em uma mochila; origem do entorpecente ainda não não foi identificada

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  • Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2021 às 11:39

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/SSP

O mistério continua nas praias do litoral baiano. Dessa vez,  mais de R$ 2 milhõess em cocaína foram localizados, na manhã de domingo (6), em uma sacola na Praia do Farol, município de Alcobaça, Sul do estado, por policiais da 88ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Alcobaça).

A polícia chegou até a droga após populares perceberem que havia uma mochila preta na praia e acionaram os policiais. Na sacola foram encontrados 28 tabletes de cocaína pura, arrastados até a praia pela maré.

De acordo com o comandante da unidade, major Carlos Eduardo Barbosa da Silva, a droga está avaliada em cerca de R$ 2 milhões. "O material foi encaminhado à Delegacia Territorial da cidade de Prado", contou o oficial.

Outras duas mochilas com pasta base de cocaína apareceram no litoral baiano, no mês de maio, na orla de Pau Fincado, em Nova Viçosa, e na Boca do Rio, em Salvador. No total, 72 tabletes de cocaína ou pasta base já foram apreendidos. A investigação da origem e destino do material é conduzida pela Polícia Federal.

Em Salvador, as mochilas foram encontradas por integrantes da Colônia de Pescadores da Boca do Rio. Ao todo, foram apreendidos 27 kg da droga por equipes  da 39ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM).

Divididos em 26 tabletes, os entorpecentes foram encaminhados para a perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Um dia antes, 17 de maio, no município de Belmonte, 30 kg da mesma droga foram descobertos nas praias. Caso parecido foi relatado por equipes da 89ª Companhia do município de Mucuri, em 14 de maio, quando encontraram duas mochilas nas areias da praia de Pau Fincado, no município de Nova Viçosa. Dentro delas foram apreendidos 46 tabletes de pasta base de cocaína, avaliados em pouco mais de R$ 1 milhão e pesando cerca de 50 quilos.   Por fim, cerca de 20 kg da mesma droga foram encontrados na praia de Trancoso, em Porto Seguro, no dia 12. A droga foi achada por banhistas e entregue à Polícia Militar, que apresentou o material à Polícia Civil.Verão da Lata Apesar de ainda não haver solução para o mistério, os casos remetem a outro que já foi solucionado há 34 anos. Em setembro de 1987, 18 latas que aparentavam ser de leite em pó foram encontradas boiando próximas ao litoral de Maricá, no Rio de Janeiro, a cerca de 60 quilômetros da capital. Pescadores locais entregaram o carregamento para a Polícia Militar, e ficou comprovado depois que cada uma delas continha aproximadamente 1,5 kg de maconha.    Já no final de agosto, a Polícia Federal do Rio havia recebido um comunicado dos EUA de que um navio, que vinha da Austrália, estava no litoral do Rio de Janeiro carregando 22 toneladas de maconha, que seriam depois repassadas para outros dois barcos com destino a Miami.  A tripulação descobriu que o barco estava sendo procurado e despejou todo a carga no mar.    Em 20 de setembro, diversas latas começaram a ser encontradas no litoral do Rio de Janeiro e de São Paulo. No total, foram cerca de 15 mil latas achadas.    O caso ficou conhecido como “Verão da Lata” e levou para a prisão apenas um tripulante, o cozinheiro Stephen Skelton, que, apesar de ter sido condenado a 20 anos de cadeia, permaneceu na prisão por apenas um ano. Não havia como provar a relação de Skelton com as latas encontradas no litoral. A história completa é contada pelo jornalista carioca Wilson Aquino no livro “Verão da Lata”.