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Coleta seletiva: um ato de cidadania

  • D
  • Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2021 às 05:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: .

Ao ler a Revista da Lata, editada pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio, me deparei com a entrevista do deputado federal Carlos Gomes (Republicanos-RS) que, tendo como principal bandeira na Câmara dos Deputados a defesa da reciclagem, cita dados interessantes do setor no Brasil. Ele acredita que o país teria condições de liderar esse mercado no mundo e gerar muita riqueza, caso o setor fosse tão priorizado quanto o agronegócio. Fazendo o manejo adequado de apenas 3% dos resíduos, o Brasil já movimenta cerca de R$ 12 bilhões anuais, porém, se dados de pesquisa sobre reciclagem forem atualizados, eles poderão apontar para resultados ainda mais promissores. O deputado Carlos Gomes, nascido na Bahia, liderando hoje a Frente Parlamentar em Defesa da cadeia Produtiva da Reciclagem, criada em 2015, passou pela experiência de catar latinhas, ainda muito jovem, vindo daí a sua visão para o potencial contido na indústria da reciclagem.

Em nossa capital, conhecemos o esforço que vem sendo feito para que o recolhimento do material reciclável seja coletado, a despeito da criação dos Pontos de Entrega Voluntária (PEV’s), que precisaram ser desativados no período da pandemia do coronavírus, dos Ecopontos que, conforme a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) tem arrecadado 51 toneladas por dia, e de iniciativas de pequenos empresários com programas criados por startups que incluem a coleta domiciliar.

Durante a pandemia, houve maior geração de resíduos domésticos por conta da produção caseira de alimentos ou da solicitação de delivery. Por outro lado, o recolhimento dos PEV’s e a restrição que os catadores sofreram fizeram com que grande parte do resíduo reciclável fosse parar no aterro. Precisamos de ampliação da consciência coletiva para avançar mais rápido. Coletar os resíduos produzidos pelas unidades comerciais parece uma tarefa mais fácil do que aquele produzido nas unidades domésticas. Atento a essa situação, apresentei projeto de indicação no início de 2019, sugerindo aos prefeitos dos municípios da Bahia com população acima de 200 mil habitantes, sobre a obrigatoriedade do descarte seletivo de Resíduos Sólidos domésticos produzidos por condomínios habitacionais que tivessem acima de 20 unidades. 

As cidades são responsáveis por 80% do consumo no país, sendo geradoras de maior volume de resíduos que a área rural e, portanto, mais responsável por sua destinação. Louvamos as comunidades condominiais que já adotaram, por conta própria, o descarte seletivo, mas precisamos de contribuição mais substancial para elevar e ampliar o padrão de sustentabilidade e a formação de uma nova consciência coletiva e cidadã que podem trazer como consequência a demanda para a criação de novas empresas e novos postos de trabalho.

Paulo Câmara é deputado estadual