Com Carlos Amadeu, Vitória melhorou a defesa e piorou no ataque

Rubro-negro levou e marcou um único gol nas últimas quatro partidas

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  • Vinicius Nascimento

Publicado em 1 de setembro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Leticia Martins/EC Vitória

Os números não mentem: Carlos Amadeu conseguiu dar um jeito na defesa do Vitória. Sob o comando do técnico de 53 anos, o rubro-negro experimentou algumas sensações inéditas na atual edição da Série B como, por exemplo, vencer dois jogos seguidos, arrancar três pontos fora de casa e, após o empate em 0x0 contra o Botafogo-SP, conseguir o sexto jogo sem ter a defesa vazada. 

O número representa 30% dos 20 jogos disputados pelo Leão, mas tornam-se expressivos quando se observa que, destes seis jogos, cinco foram sob a tutela do atual treinador e que a equipe chegou a ter a defesa mais vazada do campeonato - hoje é a segunda pior, à frente do São Bento. Amadeu esteve à frente de 83% dos jogos em que o Vitória saiu de campo sem levar gol.

Foi esse o tom escolhido por ele para não apenas lamentar o empate em casa na noite da última sexta-feira (30).  “Temos que enaltecer tudo que estamos construindo. Estancamos o número de gols que levava. Éramos um time que levava uma média de dois gols por jogo e agora temos seis jogos e um gol tomado. Isso é espetacular. Se a gente continuar assim estamos mais perto de ganhar do que de perder”, projetou o técnico em entrevista coletiva.

Antes da chegada de Amadeu, o Leão tinha levado gol em 13 de 14 partidas. Seis jogos após a troca de comando e o número subiu para 14 em 20: o rubro-negro só foi buscar a bola no fundo das redes contra o Coritiba, em jogo que acabou empatado em 1x1 no Couto Pereira. 

A primeira vez que a defesa do Vitória passou em branco foi no 2x0 contra o Criciúma, na 9ª rodada. O técnico era Osmar Loss. Depois dali foram mais quatro jogos até o triunfo  contra o Paraná, pelo mesmo placar.

Falta o gol A teoria do cobertor curto é implacável e o Vitória segue essa tônica. Estancou a sangria no setor defensivo, mas, por outro lado, fechou a torneira de gols marcados.

Na era Amadeu, o ataque passou em branco em três dos seis jogos e só fez quatro gols, média de 0,67. Pesam os três empates por 0x0, contra América-MG, Operário e Botafogo-SP, todos no Barradão. Antes, a média era de 1 gol por jogo.

Em sua defesa, Amadeu alega que teve pouco tempo para treinar o time e que melhorar a produção ofensiva exige mais preparação do que a defensiva.

De fato, o Vitória tem jogado duas vezes, o que só terá pausa após o jogo contra o Vila Nova, já na próxima terça-feira (3), às 19h15, em Goiânia. “Todo o mundo quer chegar dentro de casa e fazer valer seu mando de campo, nós também, mas não foi possível. Nesses casos, é importante pelo menos pontuar e fugir da situação delicada que vivemos", ponderou o técnico. Os resultados do último sábado (01) deixaram o Leão em 15º lugar com 21 pontos.*com supervisão do editor Herbem Gramacho