Com projeto Retadas, CORREIO homenageia as mulheres no mês de março

Nesta segunda-feira (8) começa o QuantA ao Vivo: a palavra é dela, com a colunista Flavia Azevedo; serão três conversas com mulheres sobre tecnologia, saúde mental e educação

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  • Da Redação

Publicado em 8 de março de 2021 às 06:00

- Atualizado há um ano

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Reverenciar as mulheres não é apenas dar flores, mas, também, escutar e entender que elas têm muito a dizer sobre diversos temas, não só aqueles tradicionalmente vistos como femininos. Compreendendo isso, Flavia Azevedo, que é colunista do CORREIO e mãe de Leo, vai conversar ao vivo com a pedagoga e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Ka Menezes, para refletir sobre a seguinte pergunta: a escola que conhecemos ainda existe?. Transmitido às 21h desta segunda-feira (8), pelo Instagram do jornal (@correio24horas), o bate-papo marca a estreia do QuantA ao Vivo: a palavra é dela. Ao todo, até o fim do mês, serão três transmissões ao vivo a cada segunda para abordar os temas tecnologia, saúde mental e educação. O QuantA ao Vivo: a palavra é dela integra o projeto Retadas, que homenageia as mulheres neste mês de março, quando, no dia 8, é celebrada a data de todas elas.

O propósito das conversas é analisar como a tecnologia, a educação e a saúde mental são moldadas e moldam o atual cenário pandêmico em que vivemos. Para isso, três mulheres retadas vão demonstrar todo o seu conhecimento e provar, para quem ainda não se tocou, que nenhum assunto é exclusivamente masculino.“Minha experiência pessoal me diz, nesse momento, que as mulheres têm que falar sobre o mundo, não só sobre o feminino. Existe o lugar disso, pessoas que chegaram agora na luta e fazem esse exercício. Mas, aos 47 anos, a compreensão vai mudando. [A ideia] é o foco no lugar profissional delas, estamos capacitadas e autorizadas a falar de todos os temas, mas homens são mais chamados para falar de certos assuntos, o especialista ainda é mais masculino”, afirma Flavia Azevedo, a autora da coluna QuantA e apresentadora das transmissões ao vivo.As convidadas vieram da rede de mulheres que Flavia vem construindo, especialmente, desde que começou a escrever para o jornal, em 2017. No ao vivo sobre educação, o primeiro da série, ela e a convidada Ka Menezes vão tratar a experiência da educação na pandemia. “Vivemos uma experiência jamais vista e precisamos falar sobre a escola. Nem sabemos como será a escola quando ocorrer esse retorno. Essa é uma das grandes discussões no país hoje”, explica a colunista.

Convidada para debater sobre o tema, Ka Menezes é doutora em Educação pela Faculdade de Educação da Ufba. A pedagoga também integra grupos de pesquisas nas áreas de infância, tecnologias e linguagens e o Raul Hacker Club de Salvador Bahia. Ela foi vencedora do Prêmio Capes de Tese 2019 na área de Educação, é defensora do Software Livre, idealizadora do Crianças Hackers e mãe de Ian.

Outros temas A tecnologia tem tido um papel fundamental na pandemia. A ideia de como ela apoia a comunicação e como a área deve evoluir devido aos desafios impostos pelo coronavírus está entre os assuntos que serão abordados em uma das transmissões ao vivo da série, com a presença de uma gamer profissional. Já, com a ajuda de uma psiquiatra, o outro ao vivo vai debater os impactos da pandemia na saúde mental. Afinal, a maioria das pessoas está sofrendo pelo medo e o isolamento.

Essa é a segunda edição do QuantA ao Vivo, que começou em 2019 lotando o Teatro Eva Herz. Agora, o projeto retorna 100% digital devido à pandemia do novo coronavírus. Cada convidada vai conversar com Flavia de casa, contando apenas com a conexão promovida pela internet, sem contato físico algum.“Esse ano, não estamos em festa. Estamos conversando com mulheres sobre esse tempo que nos atravessa e incomoda. É um papo importante entre mulheres porque não tem nada para comemorar este ano. Não sinto alegria neste momento, não tem como pensar em festa com quase 2 mil pessoas morrendo por dia”, ressalta a apresentadora.Em 2019, o clima foi de folia com o evento presencial do QuantA ao Vivo, que contou com desfile de moda, música e debate. Naquele ano, o evento ainda fez parte das celebrações de 40 anos do jornal, o primeiro do estado a ter uma coluna especial de mulheres para mulheres.“Em 2019, percebemos uma grande procura de homens e mulheres pelo evento. Eram pessoas interessadas em conhecer a fala feminina para além do universo caricato do feminino. Para essa edição,a gente adaptou para não ter grandes celebrações porque temos que reverenciar as mulheres, mas respeitar o sofrimento das pessoas”, afirma a gerente de marketing do CORREIO, Marta Sousa.Retada Além das transmissões ao vivo, o projeto Retada de 2021 homenageia as mulheres baianas ou que estão na Bahia, que se destacaram no último ano nas suas áreas de atuação, com materiais postados nas redes sociais do CORREIO durante o mês de março. Esta é a quarta edição do projeto.

Para a gerente de marketing do jornal, expandir e apoiar as discussões em prol da igualdade entre os gêneros é uma responsabilidade social do CORREIO. “Ajudamos a formar a opinião e nada mais justo que levar aos leitores as informações, esses nomes e essas mudanças que as mulheres têm feito. Dar visibilidade às mulheres é apoiar e nossa ideia é dar visibilidade às transformações eficientes da sociedade feitas por mulheres”, explica Marta Sousa.

O fato do CORREIO possuir uma gestão formada majoritariamente por mulheres permite que o jornal tenha um outro olhar sobre as questões femininas. O Retadas, por exemplo, é feito por mulheres. “Desde o lançamento, o projeto foi um sucesso por dar voz às mulheres da forma que nenhum outro veículo tinha dado ainda. Trazemos mulheres com trabalhos relevantes e que merecem mais visibilidade”, comenta a gerente de marketing da empresa.

Dentro do Retada, o jornal vai publicar nas redes sociais, ao longo do mês de março, vídeos de mulheres falando sobre as preocupações e desafios que enfrentam nas saus áreas de atuação. Outras homenageadas também aparecerão em cards com uma minibiografia da carreira e da vida.

Na edição do último final de semana do jornal (6 e 7 de março), uma matéria trouxe cinco perfis de mulheres que se destacaram nas áreas da saúde, ciência, ativismo, empreendedorismo e direito. Um outro texto ainda será publicado no site do CORREIO reunindo o perfil de todas as homenageadas. 

Responsável por coordenar a produção do projeto, a subchefe de reportagem do jornal, Monique Lôbo, garante que o trabalho para fazer o Retadas sair do papel foi prazeroso por enaltecer a atuação e a força de muitas mulheres que fazem a diferença.“Ao mesmo tempo em que produzíamos os perfis e entrevistávamos as mulheres, nos alimentávamos da força, do conhecimento e da empatia delas. É muito gratificante. Não foi fácil porque temos muitos nomes. A lista era menor no começo, mas sempre surgia uma nova homenageada que era tão importante quanto as outras. Nesse processo, a gente não conseguiu deixar de acrescentar nenhum nome. É uma homenagem muito significativa, especialmente em um momento como esse de pandemia, em que muitas mulheres fizeram um trabalho impactante mesmo com as condições mais difíceis”, afirma Monique Lôbo.As mulheres escolhidas são de diversas áreas e realizam os mais variados trabalhos. Dentre as muitas homenageadas estão: Jaqueline Góes, biomédica e pesquisadora que integra o grupo que sequenciou o genoma do coronavírus no Brasil; Dona Suzana Sapucaia, cozinheira e dona do RéRestaurante; e Millena Passos, secretária executiva do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher e primeira mulher trans a assumir um cargo em uma Secretaria de Políticas para as Mulheres no país.

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro