Com protocolos sanitários e vacinação avançada, Rede Municipal de Ensino está pronta para receber alunos em sala de aula

Unidades foram adequadas ao padrão de qualidade, funcionalidade e conforto adotado pela prefeitura

Publicado em 2 de março de 2022 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fotos: Imas Pereira

O grande desafio da rede municipal de ensino, após o longo período sem aulas, é fazer as crianças avançarem na vida escolar. Além de inaugurar novas unidades, a exemplo do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Luiz Eduardo Magalhães, na Avenida Bonocô, e da Escola Municipal Professora Alita Ribeiro de Araújo Soares, em São Marcos, algumas outras unidades estão em reforma, com o objetivo de terem suas estruturas adequadas ao padrão de qualidade, funcionalidade e conforto que a gestão municipal tem adotado.

Além das novas instalações, a Secretaria Municipal da Educação (Smed) tem sido rigorosa na adoção de medidas sanitárias para a segurança dos alunos. Em um cenário favorável ao retorno, dos 146 mil alunos matriculados na Rede Municipal de Educação, cerca de 65% deles já estão frequentando regularmente as aulas neste ano letivo de 2022. A preocupação é quanto aos 35% restantes, que, embora matriculados nas escolas municipais, ainda não compareceram às suas salas de aula.“São crianças e jovens que precisam do estímulo e acompanhamento dos seus pais ou responsáveis para frequentar a escola. É muito importante que as famílias cumpram essa obrigação, especialmente na situação de atraso de aprendizado que essas crianças e jovens estão. Não podemos perder nem mais um dia de aula, sob pena de colocar em grave risco o futuro de toda uma geração de estudantes”, alerta o secretário municipal de Educação, Marcelo Oliveira.Imunização - O avanço da vacinação é o principal fator que garante a tranquilidade das famílias para levar suas crianças à escola. De acordo com o secretário, neste momento, 99%, isto é, praticamente a totalidade, das crianças e jovens de 12 a 17 anos já tomaram, pelo menos, a primeira dose. Quase 60% das crianças de 05 a 11 anos também já receberam a primeira dose.

“E a vacinação de crianças e jovens continua, pois, além de poderem se vacinar nos postos de saúde, também podem se utilizar dos postos avançados de vacinação que as secretarias municipais de Saúde e Educação estão instalando em regime de rodízio nas próprias escolas. Sem esquecer que 94% dos profissionais de educação que trabalham nas escolas públicas e privadas de Salvador também já estão imunizados. Portanto, o ambiente escolar é, com a mais absoluta certeza, o mais seguro para o acolhimento e convivência das nossas crianças e jovens”, ressalta. O avanço da vacinação é o principal fator que garante a tranquilidade das famílias para levar suas crianças à escola Educação para valer - Recuperar as perdas de aprendizado devido à sus- pensão das aulas presenciais durante a pandemia é o que mais desafia hoje professo- res, coordenadores pedagógicos e gestores escolares. Esses profissionais precisam de apoio e suporte técnico para enfrentar a difícil tarefa de ensinar os alunos no retorno às aulas, após o período mais crítico da pandemia.

Com esse propósito, a Secretaria Municipal da Educação (Smed) optou por uma estratégia já experimentada com sucesso em outras redes de ensino, que apresentaram significativa melhoria no desempenho dos alunos, baseada na implantação do programa “Educar pra Valer”. Este projeto foi desenvolvido no município de Sobral (CE), que possui o melhor IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica do Brasil, programa esse que é financiado, em parte, pela Fundação Lemann.

Serão três iniciativas integradas e complementares: 1) formação intensiva de professores, coordenadores, gestores escolares e pessoal de apoio nas melhores práticas pedagógicas em sala de aula e demais tarefas gerenciais e administrativas da escola; 2) suporte, monitoramento e supervisão nas escolas, garantindo a aplicação sistemática dos ensinamentos obtidos nesses cursos de formação, apoiando professores, coordenadores e gestores escolares na busca do aprendizado dos alunos; 3) avaliação periódica do desempenho dos alunos para aferir os resultados alcançados e identificar a necessidade de eventuais ajustes no processo.

Padrão de qualidade do ensino em Salvador traz inclusão escolar

A renovação estrutural das escolas de Salvador conta com uma grande novidade: as Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), que são espaços físicos onde é realizado o Atendimento Educacional Especializado (AEE). Este é um serviço de apoio pedagógico que favorece o processo de inclusão escolar e suas atividades têm o objetivo de desenvolver a  aprendizagem escolar.“Trata-se de um serviço que elabora e disponibiliza recursos pedagógicos e orienta a sua utilização na sala de aula comum para promover a autonomia do aluno em sua vida acadêmica e o desenvolvimento das habilidades nas questões biopsicossociais. Deve ser realizado de forma complementar e suplementar ao trabalho do professor da sala de aula comum. Ou seja, o AEE não substitui o ensino da sala de aula comum (MEC/SEESP/2008) e deve ser realizado no turno oposto ao qual o aluno estuda”, explica Jaqueline Araújo de Barros, coordenadora de Inclusão Educacional e Transversalidade.Nesses espaços são feitas atividades relacionadas às questões motoras, sensoriais, comunicacionais e de vida diária (autocuidado). Tudo com o intuito de dar a autonomia ao aluno. Hoje já existem 95 SRM na rede pública municipal de ensino, e atendem 1.200 alunos, aproximadamente.

“Segundo a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva de 2008, para atuar na SRM, o professor precisa ser especialista em Educação Especial Inclusiva. Na Rede Pública Municipal de Salvador, o professor do AEE antes de assumir a SRM, realiza um estágio de no mínimo 30 dias com um professor de AEE que está na ativa”, explica a coordenadora.

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