Comandante da PM que incentivou ato pró-Bolsonaro e anti-STF é afastado

Joao Doria diz que PM-SP não vai admitir indisciplina e desrespeito a regras

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  • Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2021 às 14:34

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/TV Tem

O governo de João Doria (PSDB-SP) afastou o coronel da Polícia MIlitar que convocou para o ato bolsonarista de 7 de setembro, em Brasília. Além disso, o PM atacou o Supremo Tribunal Federal (STF) e outros políticos, incluindo o próprio Doria. 

"A Polícia Militar do Estado de São Paulo informa que o coronel Aleksander Toaldo Lacerda foi afastado das suas funções à frente do Comando de Policiamento do Interior-7", diz nota do governo paulista.

O texto diz ainda que a PM é "legalista" e tem obrigação de denfender a Constituição. "A Corregedoria da instituição, que é legalista e tem o dever e a missão de defender a Constituição e os valores democráticos do país nela expressos, analisa as manifestações recentes do oficial, que foi convocado ao Comando Geral para prestar esclarecimentos", finaliza a nota.

Oficial da ativa da PM, o coronel comandava cerca de 5 mil pessoas e sete batalhões da região de Sorocoba - ao todo, 78 cidades.

"São Paulo tem orgulho da sua Polícia Militar, a mais bem treinada do Brasil. Indisciplina não será admitida na PM, que respeita suas regras e suas funções”, disse o governador à Folha de S. Paulo.

Nas redes sociais, o coronel convoca para o ato de apoio ao presidente em meio à crise institucional com o STF. Ele ainda criticou Doria, a quem chamou de "cepa indiana", fazendo referência à variante delta do coroanvírus. 

Oficiais da reserva da PM paulista já se manifestaram a favor do ato. Ex-comandante da Rota e hoje diretor-geral da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Ricardo de Mello Araújo convocou para que apoiadores do presidente vão às ruas. 

O regulamento da corporação da Polícia Militar proíbe policiais da ativa de participarem ou promoverem atos político-partidários. "Aos militares do Estado da ativa são proibidas manifestações coletivas sobre atos de superiores, de caráter reivindicatório e de cunho político-partidário, sujeitando-se as manifestações de caráter individual aos preceitos deste Regulamento", diz o regulamento.