Como complementar minha renda de aposentado?

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  • Edisio Freire

Publicado em 5 de agosto de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Com o valor da aposentadoria cada vez menor, vale a pena eu me desfazer de um imóvel e aplicar este valor em algum investimento para complementar minha renda? Você pode me indicar alguma corretora, já que nunca atuei nesta situação? Ernesto Falcetta

Olá Ernesto. O sistema previdenciário oficial está a cada dia mais incerto, com regras que restringem o acesso ao benefício, além, é claro, de tornar esse direito cada vez mais difícil. Até que se defina os pontos da reforma, o trabalhador ficará na incerteza de quais direitos estarão garantidos e de quando poderá se aposentar de forma a ter uma renda confortável. Vale destacar que a previdência oficial não tem como benefício apenas a renda na aposentadoria, existem outros serviços que são igualmente importantes, como a remuneração por licença maternidade, afastamento por doença, aposentadoria por invalidez, dentre outros, portanto, independentemente do sistema alternativo de aposentadoria que tiver, se manter ativo no INSS é muito importante. Como alternativa ao sistema oficial é recomendado que o trabalhador busque se organizar financeiramente para ter disponibilidade financeira e fazer investimentos que contribuam com seu aumento patrimonial, e isso possa se reverter em uma renda complementar quando chegar o momento de se aposentar. Dentre as opções, ter um imóvel e auferir ganho com aluguel é um deles, assim como usar o dinheiro de uma possível venda desse imóvel para investir no mercado financeiro. Não é simples tomar a decisão de vender um bem para investir o dinheiro, ainda que seja plenamente possível conseguir produtos financeiros com rentabilidade superior ao que se ganharia alugando o imóvel. Estamos falando, por exemplo, de investimentos em fundos imobiliários, que possuem um nível de risco que deve ser considerado, mas produzem retornos bem interessantes. Além dessa opção, tem os fundos multimercados, COE e as opções de renda variável. Tudo vai depender do seu perfil de investidor e do nível de risco que está disposto a correr. Considerando que quer um investimento para aposentadoria, recomendo não optar por produtos muito arriscados, como ações por exemplo, tente algo intermediário para não expor demais seu patrimônio. Para realizar as operações de investimento não abra mão de ter uma assessoria profissional, isso evita decisões equivocadas que podem fazer você perder dinheiro. Existe um vasto número de opções no mercado para realizar seus investimentos, como as corretoras digitais, a exemplo da Rico, Easynvest, Clear, e as tradicionais como a XP Investimento. A principal diferença é que nas corretoras tradicionais é possível realizar todo o processo com o auxílio de um assessor de investimento.

Fiz uma Previdência pela Caixa Econômica. Quando vi o CNPJ fiquei surpresa: É de Licitações de compras em Brasília-DF. Posso confiar, Edísio? Ijacira Marques

Olá Ijacira. Os bancos comerciais, como a Caixa Econômica Federal, possuem em sua plataforma uma lista grande de produtos financeiros de todos os tipos, inclusive fundos de previdência. Como Intermediário financeiro, o banco cuida de seguir as normas da CVM – Comissão de Valores Mobiliários, para esse tipo de operação e tomar os cuidados necessário para a segurança dos produtos. Sem conhecer o Fundo de Previdência que citou não consigo emitir uma opinião assertiva sobre suas características nem fazer apontamentos ligados ao risco envolvido, mas recomendo que acompanhe a evolução do fundo, principalmente em relação à rentabilidade e às taxas cobradas. Observe se há cobrança de taxas de carregamento, taxas administrativas, dentre outras, e o mais importante, atente-se à rentabilidade liquida, aquela após deduzir a previsão do imposto de renda. Essas informações são importantes para que conheça bem as caraterísticas de seu investimento, evitando surpresas futuras. Um outro fator relevante é verificar qual a liquidez desse fundo, ou seja, quando poderá sacar, qual a forma do saque, se pode ser renda mensal vitalícia ou retirada total dos recursos disponíveis. Com isso conseguirá avaliar, além do nível de risco, outros fatores que também são importantes, como a rentabilidade e o retorno futuro que esse investimento irá lhe proporcionar. Caso identifique algo que esteja diferente do que gostaria, pode planejar uma portabilidade, se o fundo oferecer essa opção, para um produto melhor.

Entrei já há algum tempo em um consórcio e acabei recebendo a carta de contemplação. No entanto, minhas prioridades mudaram já que meu filho está para nascer. Qual a melhor forma de resgatar esse dinheiro e redirecionar seu uso? Robson Santos

Olá Robson. As opções de consórcio têm uma funcionalidade muito bacana quando estamos nos planejando para adquirir um bem de alto valor agregado, como um carro ou um apartamento, e temos uma quantia disponível para dar como entrada. Nessas condições, optar pela modalidade de consórcio dando o lance com o recurso disponível é muito interessante considerando que as despesas financeiras são bem menores que a de um financiamento tradicional. Contudo, vale lembrar que em um consórcio não se adquire o bem de imediato, isso apenas ocorrerá quando da contemplação, como é o seu caso no momento. Quando a intenção é investir, o consórcio já não é a melhor opção, justamente pelo fato de não gerar ganho patrimonial ao longo do tempo, pois as parcelas também aumentam, além de ser um produto com baixíssima liquidez, como de fato você está percebendo agora. Considerando que não tem interesse em adquirir o bem, objeto do Consórcio, uma forma prática e que costuma ser rápida é vender o direito do crédito desse seu contrato para alguém que esteja, inversamente à sua situação, precisando comprar um bem e deseje fazê-lo através de uma carta já contemplada de consórcio. Tome os cuidados para não ter problemas na negociação e converta seu patrimônio em dinheiro e realize seus projetos adequadamente.

Em que situações as taxas administrativas tiram a vantagem do investimento? Aline Moreira

Olá Aline. A taxa de administração é um percentual anual, debitado mensalmente, de forma proporcional, sobre o total do investimento feito, cobrado pelas instituições financeiras para administrar o seu dinheiro. Quando os fundos apresentam os valores das cotas, ou a rentabilidade, já está abatido o custo com a taxa de administração, portanto, ao decidir por um investimento e analisar a rentabilidade apresentada, saiba que já estará com a taxa de administração descontada. Em linhas gerais, as taxas de administração não tiram a vantagem do investimento, mas podem reduzir os ganhos, tornando a decisão de investir mais difícil. A escolha de um produto de investimento está pautada em uma estratégia, seja para realização de projetos de curto prazo, ou para realizar um sonho pessoal. Enfim, a escolha pelo ativo ideal vai estar condicionada diretamente aos seus objetivos e não em função das taxas cobradas. Cada produto possui características distintas, com liquidez, rentabilidade e taxa de administração diferentes, além do nível de risco que é peculiar, por isso que a decisão deve estar pautada na análise de toda essa conjuntura e não apenas a um fato isolado. Quando for decidir por um investimento, não observe apenas a taxa de administração e o imposto cobrado, leve em consideração a rentabilidade real do fundo e compare com outros da mesma característica.  Analise também o nível de risco, normalmente medido pelo índice de volatilidade, que deve ser de até 2% ao ano para garantir um padrão aceitável de risco.