Como evitar a ressaca de vinho (ou minimizar seus danos no dia seguinte)

Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.

  • Foto do(a) author(a) Paula Theotonio
  • Paula Theotonio

Publicado em 28 de fevereiro de 2019 às 15:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

(foto/divulgação) Já falei dos drinks de carnaval, dos tintos de verão e dos rosés, então já estamos combinados que não há desculpas para não abrir uma garrafa de vinho neste Carnaval. Porém como o período é dado a excessos e você não quer perder nenhuma programação por mal-estar, hoje vamos abordar as causas da ressaca de vinho, como evitá-la e até mesmo como diminuir seus sintomas.

Hidrate-se em dobro!

Dessa os bebedores de cerveja já sabem: o álcool é um diurético, provoca excesso de urina – que sai do corpo repleta de sais minerais, como potássio e sódio. Desidratados, sentimos a boca seca, cansaço, dor de cabeça... Então para evitar a ressaca, a dica principal é beber duas taças de água para cada taça de vinho, compensando assim as perdas.

De acordo com a sommelière Juliana Britto, o ideal é que seja água sem gás. “Ela hidrata melhor o corpo e algumas gaseificadas podem conter conservantes, que irão piorar a ressaca”, indica. Deve-se levar em consideração, ainda, a sensação de estufamento que a bebida com gás pode trazer durante a folia.

Coma enquanto bebe

Além de evitar que você beba em excesso porque estará com estômago cheio, a comida protege o fígado das agressões do álcool. Carboidratos são bem-vindos, pois repõem a glicose e evitam fraqueza e mal-estar.

Uma dica de Juliana é consumir alimentos com azeite de oliva, que contém quantidades importantes de gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas, antioxidantes e outros nutrientes anti-inflamatórios. “Você pode despejar azeite em um prato, adicionar um pouco de sal e mergulhar um pedaço de pão. Além de proteger o fígado, amacia os taninos dos vinhos”, indica a sommelière.

Escolha vinhos de boa qualidade

Sabe aqueles vinhos “de garrafão”, ou os que possuem adição de açúcar? Ressaca na certa! O problema está na vinificação; com uso de aditivos, conservantes, estabilizadores, corantes... Juntos ao açúcar e ao álcool em altas quantidades, a bomba está pronta para cair em seu fígado e estômago.

Há também quem aponte os sulfitos como vilões. Mas há controvérsias.

O sulfito - dióxido de enxofre ou anidrido sulforoso (SO2) - é produzido naturalmente pelo vinho durante o processo de fermentação. Trata-se de um conservante que previne a proliferação de microorganismos e bactérias, protege o vinho contra a oxidação e ajuda na extração dos compostos fenólicos do vinho, responsáveis pela concentração de cor e taninos.

Devido aos seus poderes, mais sulfitos são costumeiramente adicionados em tintos, brancos, rosés e espumantes. Então quem possui alergia ou sensibilidade ao composto, naturalmente sentirá mais mal-estar no dia seguinte.

Na União Europeia, há limites máximos estabelecidos em lei. São 160 mg/litro para tintos, 260 mg/litro para brancos e 300 mg/litro para doces. Há, ainda, quem não use o composto como aditivo, como é o caso das vinícolas que apostam em processos mais naturais, orgânicos ou biodinâmicos. “Em vinhos com denominação de origem controlada, há uma legislação restrita que respeita doses saudáveis de sulfitos. Quando bem dosados, não são prejudiciais”, avisa Juliana Britto.

Há, ainda, quem tenha sensibilidade aos taninos – presentes em grande quantidade em vinhos tintos, como Malbec e Tannat. Para evitá-los, vá de brancos e espumantes, que também tendem a ter menos álcool. Só não vale compensar e beber em dobro, hein?

Bebeu demais? Saiba como aliviar os sintomas da ressaca

Seu lema da noite foi “quem tem limite é município”? Seja inteligente e prático na contenção de danos pós-bebedeira.

Antes de dormir, beba bastante água. Acordou? Siga consumido líquidos – desta vez sem álcool. “Priorize sucos de acerola, limão e laranja, que contém vitamina C e são antiiflamatórios e antioxidantes naturais. Use isotônicos para repor sais minerais e pode abusar da água de coco”, indica Juliana Britto. O café, ao contrário da crença popular, atrapalha na recuperação por também ser diurético e impedir a reidratação.

Cuidado ao repor açúcar ou ao consumir gorduras saturadas no dia seguinte, para não sobrecarregar ainda mais seu organismo. Vá de frutas ou aposte na batata doce, que além de ser um carboidrato complexo (que não dá pico de insulina no sangue), é uma excelente fonte de fibra, potássio, betacaroteno e vitaminas B.