Computação criativa nas escolas

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  • Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2019 às 17:00

- Atualizado há um ano

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O movimento Piritiba 2030 foi lançado em 2017, com a realização do I Desafio Digital do Sertão. De lá para cá, ações transformadoras importantes têm sido realizadas na cidade e região. Dentre elas o surgimento do Instituto Tecnológico de Piritiba (ITPi - itpi.org.br), uma instituição sem fins lucrativos, resultado da articulação e mobilização da sociedade civil organizada. A missão do ITPi é a transformação de cidades do interior da Bahia em centros (hubs) geradores de desenvolvimento através da formação de pessoal e realização de projetos envolvendo tecnologias de ponta.

Tendo como pano de fundo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), propostos pela ONU, a ação articulada com agentes do poder público, universidades e terceiro setor evidencia a forma como a cidade de Piritiba avança a passos largos rumo aos novos tempos. O ITPi tem focado no “ODS 4 - Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos”. No segundo semestre de 2018 o ITPi realizou uma experiência piloto do primeiro curso de Computação Criativa da Bahia, nas escolas municipais de Piritiba-Ba.

Agora, uma ação pioneira tem levado o curso de Computação Criativa desenvolvido pela Universidade de Harvard para os alunos da rede pública de ensino da cidade de Piritiba, no sertão da Bahia. Através da articulação entre o ITPi, Instituto Federal da Bahia - IFBA, Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), WWI e a Prefeitura Municipal de Piritiba, 45 alunos do sexto ano do ensino fundamental passaram o ano atuando em práticas voltadas para o desenvolvimento de habilidades essenciais para os novos tempos. O curso teve 23 concluintes certificados. Este ano, o número de alunos foi ampliado e o curso completo foi realizado durante todo o ano de 2019. 

A computação criativa baseia-se na ideia de desenvolver conexões pessoais, utilizando elementos lúdicos para estimular a criatividade, imaginação, colaboração e interesses. A programação em computadores é utilizada como forma de realizar as atividades, como criação de jogos, animações e estórias, sempre de forma colaborativa. Na última unidade, os alunos têm a oportunidade de colocar os conceitos em práticas computacionais em ação, desenvolvendo um projeto próprio por meio de ciclos interativos de planejamento, criação e compartilhamento.

A culminância é um momento chave, onde os resultados finais do curso serão apresentados à comunidade através de um hackathon. Ao apresentarem seus projetos como atividade final do hackathon, os estudantes despertam de forma mais intensa para sua capacidade de realização. Com a participação da comunidade e dos pais, em especial, a auto-confiança dos estudantes na faixa dos 11 anos de idade é estimulada, criando um ambiente favorável para a valorização do estudo e do esforço necessário para aprendizagem.

Neste momento estamos em articulação com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e o WWI, visando a expansão dessas ações ODS para outros municípios do estado. No final de novembro reuniremos parceiros públicos e privados, em Piritiba, para divulgação e apresentação dos resultados para a comunidade, com participação de alunos, professores e canais como o CORREIO Inovação & Sustentabilidade, que ajudam a educar de forma inovada, levando essas preciosas informações ao público.

*José Amâncio Macedo Santos é presidente do Instituto Tecnológico de Piritiba (ITPi www.itpi.org.br) é doutor em ciência da computação, professor e pesquisador da Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS. [email protected]