Conheça negócios sustentáveis que deixam Salvador com destaque no debate ambiental

Grupo Solví atua na cidade com emissão de crédito de carbono, geração de energia limpa e coleta de resíduos

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  • Do Estúdio

Publicado em 19 de agosto de 2019 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

Os olhos do mundo estarão voltados para Salvador a partir desta segunda-feira até a próxima sexta-feira. Isso porque, neste período, a cidade sediará a Semana do Clima Latino-Americana e Caribenha, um dos eventos organizados pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) que antecedem a COP-25, maior conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) acerca do tema, prevista para dezembro, no Chile.

O espaço escolhido para o evento foi o Salvador Hall, no Wet’n Wild, na Avenida Paralela. Durante a programação, temas como finanças climáticas, transportes sustentáveis, crédito de carbono e outras oportunidades de ação para as cidades serão discutidos por representantes de governos, setor privado e sociedade civil. O evento está sendo promovido pela Prefeitura de Salvador.

Pioneirismo  A escolha pela capital baiana não foi à toa. Nos últimos anos, Salvador passou a promover ações com foco na redução das emissões dos gases causadores do efeito estufa, um dos principais agentes das mudanças climáticas. Prova deste trabalho é o título de primeira cidade do mundo a ter créditos de carbono emitidos através de operação em aterro sanitário certificados pela ONU, conquista alcançada pela BATTRE – Bahia Transferência e Tratamento de Resíduos. A BATTRE foi a primeira empresa do mundo com o registro pela ONU para a emissão de crédito de carbono através de operação em aterro (Foto: divulgação) A empresa é uma das Unidades de Valorização Sustentável do Grupo Solví, pioneiro nos investimentos em tecnologias sustentáveis em todo o Brasil. Operando o Aterro Metropolitano Centro (AMC) desde 2005, a BATTRE já mitigou 8 milhões de toneladas CO2, o que pode ser comparado a emissão de gás carbônico de 2 milhões de automóveis populares a gasolina rodando por um mês. A experiência bem-sucedida de Salvador fez com que o Grupo Solví investisse em novos empreendimentos. Hoje, estão em operação quatro empresas para a emissão de crédito de carbono provenientes do tratamento do gás metano de aterros sanitários: uma em São Paulo e outras duas no Rio Grande do Sul, além da BATTRE na capital baiana. 

Energia limpa  Com a destinação adequada de todo o seu resíduo, Salvador atende à Política Nacional de Resíduos Sólidos. Porém não para por aí. Desde 2011, com a inauguração da Termoverde Salvador, a cidade, além de já gerar créditos de carbono, passou também a produzir energia elétrica a partir do biogás do aterro sanitário. “Inicialmente existia a infraestrutura feita pela BATTRE para captação de gás. Como forma adicional, foi instalado o processo de destruição controlada do biogás, melhorando ainda mais condições de operação de aterro e viabilizando a obtenção do crédito de carbono. Em seguida veio a geração de energia, fechando o ciclo de valorização do resíduo da nossa cidade”, explica Danilo Laert, gerente operacional da Termoverde Salvador. A Termoverde faz o processo de destruição controlada do biogás, com o objetivo de melhorar as condições de operação de aterro (Foto: divulgação) A empresa é a primeira usina termelétrica movida a biogás de aterro sanitário do Nordeste com capacidade de gerar energia suficiente para abastecer uma demanda de 200 mil habitantes. “Atualmente, a produção de energia tem condição de atender um consumo equivalente a 150 mil pessoas. Com a continuidade da destinação do resíduo no aterro sanitário, a geração de energia e crédito de carbono vão aumentando proporcionalmente”, ressalta Danilo Laert. A empresa é, hoje, a usina que mais gerou energia elétrica com biogás de aterro sanitário acumulado do país. Em média, são 10.000 MWh gerados por mês, fornecidos para grandes consumidores. Tudo isso contribui com energia limpa para a diversificação da matriz energética de todo Brasil.

Ruas limpas  Mas antes de todo o trabalho de emissão de crédito de carbono e produção energia elétrica a partir do biogás do aterro sanitário existe a coleta de lixo nas ruas. Responsável por 45% da limpeza urbana e recolhimento de resíduos de Salvador, a SOTERO Ambiental, que também é do Grupo Solví, já mostra o respeito ao meio ambiente no nome. “A parte ambiental é nossa prioridade. Nosso foco é cuidar do meio ambiente,  ver Salvador um lugar agradável e limpo. Trabalhamos com o meio ambiente e precisamos dele. Cuidamos tanto da limpeza quanto a parte de instrução da população sobre o descarte de resíduos”, destaca Carlos Viana Neto, diretor de Operações da Sotero Ambiental. Ecobikes, varredeiras eletricas e manuais ajudam na limpeza da cidade de Salvador sem emissão de gases causadores do efeito estufa (Foto: divulgação) O consórcio atua em uma área que abrange do Farol da Barra ao Farol de Itapuã, incluindo trechos de bairros como Graça, Rio Vermelho, Vale das Pedrinhas e Imbuí. Para a coleta mensal de cerca de 40 mil toneladas de resíduos domiciliares, uma frota de 140 caminhões é utilizada dia e noite com um destaque: motores com baixa emissão de gases, como o dióxido de carbono (CO²) e dióxido de enxofre (SO²), ambos com relação direta ao aquecimento global.

Para garantir o destino correto dos resíduos existem ainda a moto-triciclo, as EcoBikes, equipes de limpeza com vassouras e as varredeiras elétricas e manuais. É realizado ainda o peneiramento de areia com um trator para que pequenos lixos não sujem o mar.  “Temos também o programa de educação ambiental, que sensibiliza a população, de porta em porta, sobre a forma de descarte correto do resíduo. Acreditamos que educar é a melhor forma de transformar a cidade”, conclui Carlos Viana Neto.  A Sotero Ambiental é responsável pela limpeza de 45% das ruas de Salvador (Foto: divulgação) Climate Week  Na semana Latino Americana e Caribenha de Clima, o Grupo Soví montará um estande com informações de seus empreendimentos, com destaque para aqueles com certificação de Créditos de Carbono e geração de energia do grupo. O espaço terá materiais interativos, vídeos e doação de mudas.

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