'Consciência tranquila', diz lutador de jiu-jitsu que participou da morte de Moïse

Ele disse que não tinha intenção de matar congolês

Publicado em 3 de fevereiro de 2022 às 08:51

- Atualizado há um ano

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O lutador de jiu-jitsu Brendon Alexander Luz da Silva, conhecido como Tota, de 21 anos, é um dos suspeitos de participarem da morte do congolês Moïse Kabagambe. Ele é o homem que nas imagens de uma câmera de segurança do quiosque Tropicália derrubando e imobilizando a vítima. Em depoimento à polícia, Brendon disse que, mesmo tendo participado da ação, está com a "consciência tranquila", informou o g1.

Além de Brendon, estão presos temporariamente pelo crime Fábio Pirineus e Aleson Cristiano. Os três aparecem nas imagens do espancamento de Moïse, no último dia 24, num quiosque da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. À polícia, todos negaram que quisessem matar o congolês.

Saiba mais:  Laudo indica que congolês pode ter agonizado por 10 minutos antes de morrer Três homens são presos pela morte do congolês no Rio Vídeo mostra espancamento até a morte de congolês em quiosque no Rio No depoimento, Tota disse que imobilizou mãos, pés e pescoço de Moïse para que o congolês não perseguisse após as agressões.

Na versão de Tota, a briga começou porque ele pretendia defender o funcionário do quiosque conhecido como Baixinho. Ele também alegou que Moïse reagiu.

Ainda no relato divulgado pelo g1, Brendon disse que voltou para o quiosque e um cliente disse que Moïse não estava respirando. O lutador afirmou ter desamarrado o congolês e que tentou reanimá-lo – essas cenas também estão nas imagens da câmera de segurança.

Como Moïse já não reagia, Brendon disse que tentou jogar água nos pulsos da vítima e, de novo, tentou fazer a massagem cardíaca. Segundo ele, outro agressor, de apelido Belo, chamou uma ambulância. Só no dia seguinte, de acordo com o relato, Brendon teria descoberto que Moïse morreu.