Conselheiros querem impedir que Paulo Carneiro tenha acesso a dinheiro do Vitória

Membros rubro-negros entraram com ação na Justiça; venda de Pedrinho é citada

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  • Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2021 às 13:23

- Atualizado há um ano

. Crédito: Almiro Lopes/Arquivo CORREIO

Três conselheiros do Vitória entraram com uma ação na Justiça, na terça-feira (31), com o objetivo de impedir que o presidente Paulo Carneiro tenha acesso a determinados aportes financeiros do clube, entre eles o valor referente à negociação do lateral esquerdo Pedrinho junto ao Athletico-PR. A informação foi publicada inicialmente pelo site Galáticos Online e confirmada pelo CORREIO. 

A justificativa da ação é de que o dirigente vem praticando gestão temerária e irresponsável. O objetivo é de que não haja "malversação do dinheiro do clube", ou seja, que não ocorra má administração das finanças ou apropriação indébita de fundos.

A ação solicita, por exemplo, que seja determinado ao Athletico-PR que a transferência de valores referentes à negociação do lateral esquerdo Pedrinho, revelado na Toca do Leão, só comece a ser realizada após a reunião extraordinária do Conselho Deliberativo agendada para quinta-feira (2).

A assembleia foi convocada para a apresentação e votação do parecer da Comissão de Ética acerca do relatório da Comissão Especial, montada para investigar a gestão de Paulo Carneiro. Nos bastidores, acredita-se que o parecer poderá culminar no afastamento do dirigente.

Através da assessoria de comunicação do Vitória, Paulo Carneiro enviou declaração sobre o fato. "O que eu posso dizer é que o advogado que fez essa ação é ligado a Manoel Matos e a resposta a essa ação está no site do clube, que são os balanços publicados. Essa é uma ação política. Não tem efeito nenhum, só de me desgastar com a torcida. Eu sou presidente legitimamente eleito, então não tem sentido nenhum", disse o presidente.

Com 1.474 votos, o equivalente a 67,86% dos 2.202 votos válidos, Paulo Carneiro foi eleito em 24 de abril de 2019 e tem mandato até o fim de 2022. A data marcou o retorno dele ao cargo que ocupou de 1991 a 2005, quando renunciou após o rebaixamento à Série C do Brasileiro.

Eleito com amparo maciço de lideranças políticas do clube, ele já perdeu algumas delas, a exemplo do ex-vice-presidente Manoel Matos, que retirou o apoio prestado ao dirigente através de uma carta publicada em 3 de fevereiro.