Copa do Mundo não é lugar para mentes fracas

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 18 de maio de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Dentre os mais de 60 minutos de entrevista de Tite, após a convocação da Seleção Brasileira para a Copa, uma frase me chamou bastante a atenção: “O atleta tem que vir pronto, o momento de preparação é na sua base, nos jogos amistosos, é até eliminatória. Não é em Mundial. Tem que vir um atleta pronto no ponto técnico e mental”.

De fato, um Mundial (para o futebol), assim como uma Olimpíada (para a maioria dos outros esportes), é o ponto máximo para os atletas. São milhares de esportistas sonhando todos os dias, desde a base, em estar entre os convocados.

A própria epistemologia do termo lembra uma guerra, o chamado da pátria para defendê-la. Portanto, não é um evento para formar ou ensinar. No máximo, aparar arestas. No esporte mais popular do mundo e um dos coletivos com maior número de atletas atuando juntos, a preparação para um evento desse porte é, realmente, de ajustes táticos e de foco nos adversários que virão.

Nesse ponto, talvez seja um recado até para Thiago Silva. O zagueiro, indiscutivelmente de nível internacional na questão técnica, passou uma imagem de frágil emocionalmente na Copa de 2014, quando chorou copiosamente na disputa de pênaltis das oitavas de final, e em momentos de tensão, como nos pênaltis ridículos e bem semelhantes em 2015, na Liga dos Campeões, pelo PSG, e na Copa América, pelo Brasil. 

Tite também foi feliz ao não adotar o comportamento hipócrita de tratar a competição por uma vaga no time titular como algo que não existisse. Existe em qualquer time. Mas, claro, a forma como isso é tratado que varia. É notório que existem jogadores que, pela frente, apoiam o companheiro de equipe, mas torcem para que este se machuque ou falhe para poder jogar. O nome disso, pra ser bonzinho, é vaidade (não à toa o pecado favorito do próprio capeta no filme O Advogado do Diabo).

Creio que o treinador da Seleção visualizou que a vaidade de alguns atletas em não se contentarem com o papel de coadjuvantes e lutarem de forma limpa por uma vaga no time pesou para ficarem de fora da lista. 

Muitas vezes, esses aspectos internos não são conhecidos dos torcedores, que acabam tratando a (não) escolha dos treinadores como mera picuinha. 

Formar um grupo safo e mentalmente pronto para encarar o desafio de uma Copa do Mundo é fundamental para conquistá-la. Mentes unidas são capazes de dar um grande impulso para um título importante. Mas basta uma mente ruim para acabar com esse sonho.

Surfe Quatro brasileiros estariam nesta sexta (18), caso as ondas permitissem, nas quartas de final da etapa do Rio do Mundial de Surfe. Michael Rodrigues é a surpresa até aqui, comendo pelas beiradas. A presença de Yago Dora, após a semi de 2017, não espanta e Gabriel Medina e Filipinho vêm tendo regularidade no campeonato, ainda que não tenham vencido nenhuma das duas etapas que foram finalizadas (lembrando que a disputa em Margaret River parou no 3º round). 

No feminino, o crescimento de Tatiana Weston-Webb é visível e ela já aparece em 3º no ranking, após a semi nas ondas cariocas.

*Ivan Dias Marques é subeditor do Esporte e escreve às sextas-feiras