Copa pode deixar de herança para Salvador bem mais que aumento no fluxo de turistas

Arena multiuso projetada para a competição deverá receber jogos do Bahia e do Vitória a partir de 2013

  • D
  • Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2011 às 18:33

- Atualizado há um ano

Depois de uma série de debates sobre os reflexos da Copa do Mundo de 2014 no turismo baiano, a quarta e última edição do Agenda Bahia foi encerrada no final da tarde desta terça-feira (27), no auditório da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), em Salvador.

Moderado pelo diretor de redação do jornal CORREIO Sérgio Costa, Ney Campelo, secretário da Secopa, Leonel Leal, gestor municipal da Copa de 2014, Marco Aurélio de Filgueiras, coordenador do Observatório da Copa de 2014 da Ufba, Pedro Galvão, presidente da Abav-BA (Associação Brasileira das Agências de Viagens da Bahia) e Dênio Cidreira, presidente da Arena Fonte Nova, debateram sobre a herança da Copa para os baianos e turistas.

Segundo os especialistas, as vantagens vão muito além do aumento do fluxo de turistas durante os 30 dias de competição e da arena multiuso, que deve receber jogos do Bahia e do Vitória a partir de 2013. O principal retorno para o baiano devem ser as obras de infraestrutura na cidade, mas "a Copa não será responsável por todas as transformações da cidade", como destacou Ney Campelo, secretário da Copa do governo do estado.

Policiais, guardas municipais, taxistas, profissionais de hotelaria devem passar por uma intensa requalificação, o que também será deixado de herança para o baiano após a competição, dizem os especialistas, mas também "não dá para perder a oportunidade e resolver muitos dos problemas existentes na cidade", observou Marco Aurélio de Filgueiras, coordenador do Observatório da Copa de 2014 da Ufba.

O que todos concordaram é que, se houver união de esforços e cooperação entre governo e iniciativa privada, baianos e turistas terão uma grande Copa do Mundo e todos poderão usufruir das modificações impostas pelo evento esportivo nas próximas décadas. Pensando no setor do turismo, Pedro Galvão, presidente da ABAV, acredita que é a hora de potencializar o setor e fazer com que Salvador terá dez vezes mais turistas que hoje após a Copa.

Para os baianos, qualificação do setor do transporte, atração de eventos internacionais gerando emprego e renda, qualificação profissional, entre muitas outras vantagens poderão ser sentidas se o dinheiro destinado ao evento for bem aplicado. Com a esperança de que o evento da Fifa traga desenvolvimento e melhorias sociais para a Bahia, foi encerrada a quarta e última edição do Agenda Bahia, que volta em 2012.