Coronavírus: ministro diz que sistema de saúde entrará em colapso em abril

Segundo Mandetta, casos subirão rápido e situação só deve melhorar em setembro

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  • Da Redação

Publicado em 20 de março de 2020 às 17:01

- Atualizado há um ano

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Foto: Reprodução/TV Brasil O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou na tarde desta sexta-feira (20) que o sistema de saúde “claramente, no final de abril, entra em colapso”. As informações são do site Poder360.

Mesmo com as medidas mitigatórias drásticas, ele afirma que os casos de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, devem “iniciar uma subida rápida” dentro de uma semana a 10 dias. “O colapso é quando você pode ter o dinheiro, você pode ter o plano de saúde, você pode ter a ordem judicial, mas simplesmente não há o sistema para você entrar. É o que está vivenciando a Itália, um dos países de primeiro mundo, atualmente. Não tem aonde entrar”, comentou ele, que previu a queda da curva de infecção somente em setembro.Mandetta afirmou que poderá ser necessário “segurar a movimentação” das pessoas “para ver se consegue diminuir a transmissão” da doença e, consequentemente, o colapso do sistema. “Quando a gente toma uma medida de segurar 14 dias, por exemplo, o impacto dessa medida só é sentido 28 depois, porque a cadeia de transmissão é sustentada e só depois ela quebra”, falou.

Ainda conforme o ministro, a situação é mais preocupante em relação aos idosos. Ele disse que está em análise intercalar momentos de interrupção e liberação das pessoas, “caminhando um pouco, parando um pouco”.

O ministro também disse que tem “muita responsabilidade perante a parte econômica” e que não fará “nenhuma pirueta”. Mandetta falou que vai “levar bastante pancada”, mas que passará dessa fase.

Bolsonaro Já o presidente Jair Bolsonaro afirmou que tem conversado com secretários de Estados para “definir a questão do direito de ir e vir”. Ou seja, fechar ou não rodovias e aeroportos. “Estamos acertando para que 1 Estado não haja diferente dos outros e que não bote em colapso o setor produtivo”, falou.

O líder nacional não citou o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), que publicou decreto na noite desta 5ª feira no qual determinava o fechamento de aeroportos, o que é competência do governo federal, e não estadual. “Não adianta produzir em 1 lugar e não ter onde entregar no outro. Senão, a catástrofe se aproximará de verdade”, disse.

O presidente ainda falou que há quase 12 milhões de desempregados no Brasil. De acordo com ele, “esse número vai crescer”.