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Nayra Gatti, 14, desapareceu durante apagão ocorrido após temporal em paraíso turístico no sul da Bahia
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2021 às 16:34
- Atualizado há um ano
O corpo da estudante Nayra Gatti, 14 anos, encontrado em Caraíva, distrito turístico de Porto Seguro, após o apagão decorrente das chuvas intensas na região, apresentava sinais de estrangulamento.
O pai da adolescente, Sebastian Ricardo Gatti, contou em entrevista ao UOL que esteve com a menina em um mercadinho na tarde da quinta-feira (9), quando ela desapareceu.
Foi a última vez que ele viu a filha com vida. A energia só retornou em Caraíva na tarde do dia seguinte, sexta, quando a jovem foi localizada já sem vida.
"Ela sumiu e eu pensei que ela tinha ido para casa. Quando voltamos para casa, estávamos sem luz, porque estava um temporal grande. Nayra não estava e nós pensamos que ela estava na casa de uma família amiga. Com a chuva e a falta de luz, não poderíamos fazer buscas e decidimos esperar pela manhã, com a expectativa de que ela estava nessa casa da família amiga", contou ao UOL.
Após as buscas, nas quais ele mobilizou pessoas conhecidas no dia seguinte, o corpo foi encontrado em um mangue, a 150 metros da igreja da cidade.
A família vive na Aldeia Xandó, parte de Caraíva. Sebastian trabalha fazendo serviços de jardinagem na região, enquanto Nayra estudava numa escola municipal.
O caso deixou a população local, de cerca de 1.000 habitantes, em choque. "Ficamos 36 horas sem energia em Caraíva, e ontem (quinta) estava chovendo muito. Tudo deve ter acontecido na calada da noite, a cidade toda escura, muito caos", contou Elenice Resende, dona de uma pousada na região, ao CORREIO.
A reportagem tentou contato com o delegado Moisés Damasceno, que não estava disponível para a entrevista. A assessoria da Polícia Civil informou que as investigações estão sendo realizadas pela Delegacia Territorial de Porto Seguro, que desde o momento do crime, intensificou as apurações com o intuito de identificar a autoria e motivação.
"Mais detalhes não podem ser passados neste momento, para não interferir no andamento do trabalho investigativo", diz nota.