Corpo de idosa arrastada por enxurrada em Ruy Barbosa é encontrado em vegetação

Bombeiros acharam o corpo a dois quilômetros da ponte em que a idosa sumiu

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  • Wendel de Novais

Publicado em 9 de novembro de 2021 às 18:51

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Depois de mais de um dia buscando por Nilzete Leal, 62 anos, que havia desaparecido após ser arrastada pela água da chuva enquanto tentava atravessar uma ponte em Ruy Barbosa, na noite de domingo (7), o Corpo de Bombeiros localizou, por volta das 10h20 desta terça-feira (9), o corpo da idosa em uma área de vegetação localizada ainda no perímetro urbano da cidade, que está a 320 quilômetros de Salvador. 

Esposo de Nilzete, Otaviano Piedade Barros, 64, foi até o local e confirmou que, de fato, se tratava do corpo dela. "Perto das 11h40, nos avisaram que um corpo tinha sido encontrado. Ela já estava numa parte rural da cidade, perto de uns matos. Quando cheguei lá, reconheci logo pelo cabelo, pela roupa que ela estava usando, são coisas que eu reparei na hora que fui pra confirmar se era ela ou não", conta. 

Além dos familiares, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Itaberaba, cidade próxima a Ruy, também confirmou a identidade da idosa.

"O corpo já foi para Itaberaba para autópsia no DPT e, agora no fim da tarde, está retornando para ser enterrado. O DPT conseguiu confirmar a identidade dela, que foi encontrada pelos bombeiros por volta das 10h a menos de dois quilômetros da ponte que ela tinha sumido. Foi numa área rural, mas que está no perímetro urbano de Ruy Barbosa” contou Artur Francelino, coordenador da Defesa Civil Municipal de Ruy Barbosa, que, que também é secretário de Agricultura e Meio Ambiente no município.

Otaviano disse que a família está um pouco mais aliviada por tê-la encontrado. "O sentimento é difícil e a preocupação da gente era encontrar para que ela tivesse, pelo menos, um enterro digno para que ela descanse em paz. Então, foi encontrado, confirmamos a identidade e, às 17h, vai acontecer o sepultamento", disse.

Relembre o casoOtaviano já tinha contado ao CORREIO que Nilzete estava desaparecida desde a noite de domingo. Ele estava sem conseguir comer ou dormir e ajudava o Corpo de Bombeiros nas buscas. “Na volta da igreja, ela foi atravessar a ponte, a água estava forte e, quando ela foi passar, a água levou. Nunca tinha visto uma chuva dessa”, relata Otaviano, conhecido como Tatau. 

Foi quando Nilzete demorou para voltar para casa que ele notou algo de errado. “Quando deu o horário, com aquela chuva forte, saí de casa para ir na igreja, que fica a 300 metros de distância. Quando cheguei na ponte, um vizinho disse que a água tinha carregado uma mulher, só que eu não sabia que era a minha. Me preocupei e, quando cheguei na igreja, que vi a porta fechada, tive a certeza que era ela que tinha desaparecido”, diz Tatau, comovido. Eles estão juntos há 40 anos. “Estou arrasado”, confessa. 

*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo