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Jairo Costa Jr.
Publicado em 25 de outubro de 2022 às 05:00
É cada vez maior a pressão de líderes da base aliada para que o Jerônimo Rodrigues (PT) participe do debate da TV Bahia, marcado para depois de amanhã. A ofensiva para tentar convencer o petista a comparecer ao primeiro confronto com ACM Neto (União Brasil) no segundo turno da sucessão estadual tem dois fatores como pano de fundo. A começar pelos números dos mais recentes levantamentos para consumo interno, que mostram um quadro de disputa muito apertada e resultado imprevisível, em que qualquer erro na reta final pode custar votos valiosos e, consequentemente, favorecer o adversário.>
Plateia lotada Outra variável é o público da TV Bahia, bem maior que o das demais emissoras. Sobretudo, porque o debate será exibido ainda no horário nobre, após a novela das 21h. Nessa faixa, a afiliada da Rede Globo atinge de 25 a 28 pontos de audiência na capital e Região Metropolitana (RMS). O que equivale a pelo menos um milhão de lares alcançados ou três milhões de telespectadores só na Grande Salvador.>
Conta de multiplicar Como a Rede Bahia soma mais cinco emissoras afiliadas à Globo espalhadas pelo estado - em dezenas de cidades do interior, é o único sinal de televisão aberta que chega com qualidade -, a audiência total projetada no início de debate é o triplo da prevista para a RMS. Ao mesmo tempo, a TV Bahia já iniciou uma campanha maciça nos intervalos comerciais para dar visibilidade à realização do duelo entre os dois candidatos ao governo da Bahia e informar previamente o público de que ACM Neto e Jerônimo foram convidados a participar. Até a noite de ontem, contudo, o petista não havia confirmado presença.>
Escolha de Sofia Cardeais governistas ouvidos pela Satélite afirmaram que a decisão de Jerônimo gerou uma série de interrogações dirigidas ao comando da campanha do PT. A maioria questiona a certeza de que evitar o debate e deixar ACM Neto falando 30 minutos sozinho na TV campeã de audiência, a três dias da votação, é de fato a melhor estratégia. Em suma, vale a pena o risco de fugir do confronto para não expor as já conhecidas fragilidades do candidato da base nas suas performances ao vivo, diante de um cenário indefinido e suscetível a reviravoltas de última hora.>
Pela metade Às vésperas do encontro na TV Bahia, parte dos caciques do bloco aliado ao Palácio de Ondina está convicta de que Jerônimo vai ao debate, mas manterá o suspense até quinta. Por outro lado, uma ala numerosa da tropa liderada pelo PT acha que ele seguirá as orientações do padrinho político, o governador Rui Costa, para quem o afilhado não tem qualquer obrigação de comparecer.>
Só o espírito Recentemente, o senador Jaques Wagner engrossou o coro dos petistas que defendem a participação de Jerônimo na queda de braço com ACM Neto, a exemplo dos deputados federais reeleitos Jorge Solla e Joseildo Ramos. À imprensa, Wagner afirmou que a alma de Jerônimo deseja ir. Resta saber se o corpo também quer. Já dá para perceber sinais nítidos de virada em grandes e médias cidades. A campanha de ACM Neto pôde no segundo turno mostrar com clareza e mais tempo os problemas do estado Félix Mendonça Jr, presidente do PDT na Bahia e deputado federal reeleito, ao analisar o panorama da corrida eleitoral no estado >