Cria da Ribeira, baiana de 9 anos pede doações para ir à Escola de Teatro Bolshoi

Geovanna precisa viajar para Santa Catarina para participar da segunda etapa da seleção

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  • Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2022 às 06:00

. Crédito: Foto: Paula Fróes/ CORREIO

Uma forma de expressão artística em que uma ou mais pessoas misturam música, movimento e expressão para executar uma coreografia. Assim é definido o balé. Entre grandes nomes brasileiros, como Ana Botafogo e Cecília Kerche, a pequena Geovanna Alves, de 9 anos, moradora do bairro da Ribeira, em Salvador, tenta realizar o seu sonho e se tornar também uma grande bailarina. Aprovada na pré-seleção para ingressar na Escola de Teatro Bolshoi, a menina agora precisa arrecadar cerca de R$ 15 mil para viajar até Joinville, em Santa Catarina, para participar da segunda etapa da seleção nacional na sede da instituição.

A menina começou a praticar o balé com apenas cinco anos de idade e o seu professor, Ramon Lopes, 28, do Studio de Dança Kairós, conta que a caminhada não foi fácil. Geovanna precisou se esforçar muito para conseguir evoluir e passar na pré-seleção para estudar na Escola Bolshoi. A instituição, que possui alunos de diferentes estados brasileiros e do exterior, funciona desde 15 de março de 2000 em Joinville e é a única filial do famoso teatro da Rússia.

“Eu via os vídeos dos bailarinos dançando, fazendo os exercícios, e me deu vontade de fazer, daí uma amiga da minha mãe falou para ela me matricular na escola de Ramon. Vi que Felipe conseguiu [outro aluno do Studio Kairós] ir para a Escola Bolshoi e vi que eu também podia tentar”, conta Geovanna. 

A pequena afirma que se vê daqui a dez anos sendo uma bailarina profissional e voltando para a Ribeira para mostrar tudo o que aprendeu para as pessoas que fazem parte da sua trajetória. “Ela sempre foi muito determinada e esforçada. Quando ela entrou aqui com apenas 5 anos, já falava que queria ser uma bailarina profissional. Nunca falta aos ensaios e aulas, às vezes a mãe precisa pedir para ela não ir e descansar, mas ela insiste em vir”, revela o professor. 

Na pré-seleção, Geovanna precisou mostrar os seus talentos sobre a flexibilidade do corpo, além de elaborar uma dança clássica e outra agitada. “Ela fez tudo isso e saiu pulando de felicidade da avaliação, a gente tinha certeza que seria aprovada. Agora é só esperar que aconteça o mesmo na segunda etapa”, detalha Ramon Lopes.  Geovana treina por até seis horas no dia (Foto: Paula Fróes/ CORREIO) Geovanna costuma treinar de segunda a quinta-feira, cerca de quatro a seis horas por dia e, como o seu sonho é se profissionalizar na área, o professor tem praticado todos os critérios necessários para que ela alcance esse objetivo. “A bailarina precisa ser bem trabalhada tecnicamente, ter flexibilidade, alongamento e a técnica do balé clássico. Tem criança que já nasce com a genética, mas Geovanna vence pelo esforço”. 

A mãe de Geovanna, Eronice Alves, 51, que trabalha como cuidadora de idosos, explica que a filha sempre teve o sonho de ser bailarina e que a família vai se mudar para Santa Catarina caso ela seja selecionada para estudar na Escola Bolshoi. “De início iria só eu e ela, mas depois o meu marido vai também. Meus outros dois filhos vão ficar aqui, porque já são maiores de idade”. 

Sem o dinheiro das doações, a família não teria condições de viajar para participar da segunda etapa da seleção. “Acredito que a gente vai conseguir, tenho esperança que sim. Ser bailarina é o sonho dela e a gente quer muito que o sonho se torne realidade”, desabafa a mãe. 

Para ajudar Geovanna a realizar o sonho de estudar da Escola Bolshoi e se tornar uma bailarina profissional, você pode realizar doações, de qualquer valor, através do link www.vakinha.com.br/2969978 ou entrando em contato por meio das contas do Instagram @Sdk_studiokairos e @geovannaaok.

A Escola de Teatro Bolshoi, que concede 100% de bolsas de estudo e benefícios para todos os alunos, é uma instituição com personalidade jurídica, de direito privado, sem fins lucrativos, que tem apoio da Prefeitura Municipal de Joinville, do Governo do Estado de Santa Catarina e pelos chamados “Amigos do Bolshoi”.

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro