Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Vitor Villar
Publicado em 14 de maio de 2019 às 06:30
- Atualizado há 2 anos
Levado por Newton Motta do Bahia para o Vitória em 1992, o então lateral direito Rodrigo foi o primeiro garoto revelado na Toca do Leão convocado à seleção brasileira vestindo a camisa do clube. O chamado ocorreu em março de 1995, para um amistoso contra Honduras, em Goiânia - que acabou em 1x1.>
Àquela época, Rodrigo era um dos poucos remanescentes na Toca do Leão da campanha do vice-campeonato de 1993. “Sempre que sou convidado para falar sobre o Vitória, digo como sou grato de ter chegado à Seleção vestindo a camisa do clube que me deu tanto”, diz o ex-jogador>
No meio daquele ano, Rodrigo também deixaria a Toca. Foi vendido ao Bayer Leverkusen, da Alemanha, junto com o meia Ramon Menezes. Já pelo novo clube, foi convocado para a Copa América do mesmo ano, disputada no Uruguai e que acabou com o Brasil vice-campeão diante do time da casa.>
Rodrigo só foi entrar em campo, mesmo, nos amistosos do segundo semestre de 1995. Ao todo, foram três partidas pela Seleção, todas naquele período. Enfrentou Japão (5x1 para o Brasil), Coreia do Sul e Argentina (ambos vencidos por 1x0).>
Àquela época, o técnico Zagallo estava preparando a equipe para a disputa do Pré-Olímpico, no ano seguinte, e por isso mesclava os principais jogadores - Ronaldo, Romário e Bebeto - a jovens de destaque no futebol brasileiro. Rodrigo tinha 23 anos, idade olímpica.>
A história de Rodrigo com a seleção pré-olímpica, porém, começou antes. Em outubro de 1994, Zagallo o convocou para uma série de amistosos com o time sub-23. Foi chamado junto a Alex Alves, Paulo Isidoro e Dida, que à época já não estavam mais no Vitória. Os dois primeiras haviam ido para o Palmeiras, e o goleiro, para o Cruzeiro.>
“Lembro bem dessas convocações também, eu com meus companheiros da época do Vitória. Marcelo Ramos e Emerson (zagueiro), do Bahia, também foram. Foi logo após o tetra na Copa do Mundo, e ir para a Seleção era bom demais”, conta o ex-lateral.>
“Depois dessas convocações pré-olímpicas eu fiz um Campeonato Brasileiro muito bom em 1994, fui um dos destaques da posição, e o professor Zagallo passou a me convocar para a seleção principal também”, completa.>
De volta O lateral voltou à Toca mais duas vezes. Na primeira, em 1999, ajudou o time na campanha de semifinalista do Campeonato Brasileiro. A última passagem foi em 2002, quando o Vitória, por dois pontos, não avançou à segunda fase da Série A.>
Desde 2017, Rodrigo é técnico do sub-17 do Leão. “Fico feliz de ter iniciado uma revolução no Vitória, já que os três campos de treinamento do clube foram construídos com o dinheiro da minha venda para o Leverkusen. Campos em que hoje trabalho”, reflete.>
“Hoje, vendo esses campos de excelente qualidade, a gente lembra do que passou e se sente feliz de ter feito parte do crescimento do clube. Agora, nossa missão é tentar alavancar de novo o clube profissionalmente”, afirma Rodrigo.>