Assine

Cria do Vitória, Rodrigo trabalha nos campos que ajudou a criar


 

Ex-lateral hoje é técnico do sub-17 do Leão

  • Vitor Villar

Publicado em 14/05/2019 às 06:30:00
Atualizado em 19/04/2023 às 18:39:06
. Crédito: Maurícia da Matta / EC Vitória

Levado por Newton Motta do Bahia para o Vitória em 1992, o então lateral direito Rodrigo foi o primeiro garoto revelado na Toca do Leão convocado à seleção brasileira vestindo a camisa do clube. O chamado ocorreu em março de 1995, para um amistoso contra Honduras, em Goiânia - que acabou em 1x1.

Àquela época, Rodrigo era um dos poucos remanescentes na Toca do Leão da campanha do vice-campeonato de 1993. “Sempre que sou convidado para falar sobre o Vitória, digo como sou grato de ter chegado à Seleção vestindo a camisa do clube que me deu tanto”, diz o ex-jogador

No meio daquele ano, Rodrigo também deixaria a Toca. Foi vendido ao Bayer Leverkusen, da Alemanha, junto com o meia Ramon Menezes. Já pelo novo clube, foi convocado para a Copa América do mesmo ano, disputada no Uruguai e que acabou com o Brasil vice-campeão diante do time da casa.

Rodrigo só foi entrar em campo, mesmo, nos amistosos do segundo semestre de 1995. Ao todo, foram três partidas pela Seleção, todas naquele período. Enfrentou Japão (5x1 para o Brasil), Coreia do Sul e Argentina (ambos vencidos por 1x0).

Àquela época, o técnico Zagallo estava preparando a equipe para a disputa do Pré-Olímpico, no ano seguinte, e por isso mesclava os principais jogadores - Ronaldo, Romário e Bebeto - a jovens de destaque no futebol brasileiro. Rodrigo tinha 23 anos, idade olímpica.

A história de Rodrigo com a seleção pré-olímpica, porém, começou antes. Em outubro de 1994, Zagallo o convocou para uma série de amistosos com o time sub-23. Foi chamado junto a Alex Alves, Paulo Isidoro e Dida, que à época já não estavam mais no Vitória. Os dois primeiras haviam ido para o Palmeiras, e o goleiro, para o Cruzeiro.

“Lembro bem dessas convocações também, eu com meus companheiros da época do Vitória. Marcelo Ramos e Emerson (zagueiro), do Bahia, também foram. Foi logo após o tetra na Copa do Mundo, e ir para a Seleção era bom demais”, conta o ex-lateral.

“Depois dessas convocações pré-olímpicas eu fiz um Campeonato Brasileiro muito bom em 1994, fui um dos destaques da posição, e o professor Zagallo passou a me convocar para a seleção principal também”, completa.

De volta O lateral voltou à Toca mais duas vezes. Na primeira, em 1999, ajudou o time na campanha de semifinalista do Campeonato Brasileiro. A última passagem foi em 2002, quando o Vitória, por dois pontos, não avançou à segunda fase da Série A.

Desde 2017, Rodrigo é técnico do sub-17 do Leão. “Fico feliz de ter iniciado uma revolução no Vitória, já que os três campos de treinamento do clube foram construídos com o dinheiro da minha venda para o Leverkusen. Campos em que hoje trabalho”, reflete.

“Hoje, vendo esses campos de excelente qualidade, a gente lembra do que passou e se sente feliz de ter feito parte do crescimento do clube. Agora, nossa missão é tentar alavancar de novo o clube profissionalmente”, afirma Rodrigo.