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Publicado em 15 de agosto de 2019 às 05:00
- Atualizado há um ano
Eram cinco jogos sem fazer gol e, portanto, também sem vencer no período pós-Copa América. Até que o Bahia conseguiu superar o princípio de crise justamente na sequência teoricamente mais difícil que teve pela frente, contra Flamengo e Palmeiras. Foram cinco gols e quatro pontos conquistados nos dois jogos contra os elencos mais estrelados do país. Uma retomada de rumo crucial para restabelecer o Bahia no patamar médio antes que se desgarrasse da parte de cima da tabela.
O time saiu do trauma pela eliminação nas quartas de final da Copa do Brasil e superou também o desencontro tático causado pelo fim abrupto do esquema ferrolho que estava dando certo no mata-mata, mas que deixava a equipe muito defensiva e longe do gol adversário, com Gilberto a 50 metros do goleiro rival quando recebia a bola.
Sem Douglas Augusto, até hoje não há um jogador que possa chamar a vaga de sua no setor. Foi Ramires, é Giovanni, pode vir a ser Guerra. Roger Machado vai testando o melhor modelo de meio-campo durante os jogos, o que não é o ideal.
Enquanto não há um nome, fundamental é que o time já tenha voltado a marcar no campo de ataque e a gostar de ter a bola. A estratégia do mata-mata não se mostrou confiável para a maioria dos jogos em pontos corridos do Brasileirão.
Roger entendeu isso e hoje coloca em prática um híbrido de time que procura o gol sem abrir mão do comprometimento defensivo de todos e da intensidade colocada em cada jogada. Essa dedicação é a principal herança que a campanha da Copa do Brasil pode – e deve – deixar no elenco.
Isoladamente, Gilberto é o grande destaque. Mas precisou do conjunto para voltar a brilhar. Não teria feito três gols no Flamengo sem a exibição impecável de Nino Paraíba, autor da primeira assistência, tanto no ataque quanto na defesa. Nem sem a companhia de Artur para puxar o contra-ataque no terceiro gol e ser sempre uma opção de jogo com o centroavante. Nem sem a marcação de Gregore, que corre por todos, ou a eficiência de Juninho. Gilberto também não faria dois gols de pênalti no Palmeiras se Arthur Caíke não tivesse voltado a jogar bem e feito o Bahia nivelar uma partida que era totalmente favorável ao Palmeiras até a expulsão de Felipe Melo.
Com todos afinados, a chance de Gilberto resolver aumenta. A volta dos gols dele passa mais pelo crescimento do conjunto do que do próprio camisa 9, que não estava jogando mal; apenas não recebia a bola e não tinha com quem jogar.
Bom retrospecto contra o G6 Após passar ileso por Flamengo e Palmeiras, o Bahia consolidou seu bom desempenho no confronto direto com os times do atual G6, zona de classificação à Libertadores.
Líder do Brasileirão, o Santos é o único que derrotou o tricolor. Foi por 1x0, em Pituaçu, no jogo que aconteceu entre as duas partidas das quartas de final da Copa do Brasil, contra o Grêmio. O Corinthians foi vítima na estreia do campeonato (3x2) e o Flamengo (3x0) também perdeu na Fonte Nova.
Fora de casa, o Bahia empatou com São Paulo (0x0) e Palmeiras (2x2). Falta enfrentar no primeiro turno o Atlético Mineiro, adversário do dia 24 de agosto, em Belo Horizonte.
Herbem Gramacho é editor de Esporte e escreve às quintas-feiras