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Da Redação
Publicado em 22 de dezembro de 2020 às 10:16
- Atualizado há 2 anos
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, conversou rapidamente com a imprensa na manhã desta terça-feira (22), logo após ser preso e encaminhado para a Cidade da Polícia, que reúne todas as delegacias especializadas da capital carioca. >
Crivella afirmou que está passando por uma "perseguição política", e que sua detenção seria "ilegal" e "injusta". Além disso, o político também justificou sua detenção por supostamente "ter tirado dinheiro do carnaval", mas acabou não dando mais detalhes sobre a situação.>
Bispo licenciado da Igreja Universal, Crivella é acusado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) de participar de um esquema de corrupção na Prefeitura do Rio, conhecido como "QG da Propina". O prefeito foi detido por policiais em casa, a nove dias do encerramento do mandato.>
Na mesma operação, foram presos o empresário Rafael Alves e o delegado aposentado Fernando Moraes, ex-vereador e que foi chefe da Divisão Antissequestro. O ex-senador Eduardo Lopes também é alvo da ação, mas não foi encontrado.>
As prisões são desdobramento da Operação Hades. Segundo o MP do Rio, Alves receberia propina de empresas para, em troca, facilitar a assinatura de contratos e o pagamento de dívidas no Executivo municipal. Ele é irmão de Marcelo Alves, que foi presidente da Riotur. Os desvios seriam operados por um suposto "QG da Propina".>
Na campanha pela reeleição, sobretudo no segundo turno, Crivella teve no combate à corrupção uma de suas bandeiras prioritárias. Ele reafirmava que seu adversário Eduardo Paes (DEM), que o derrotou, iria para a cadeia, por corrupção durante seus dois mandatos na prefeitura, de 2009 a 2016.>
Com o afastamento de Crivella da Prefeitura, o primeiro na linha sucessória é o presidente da Câmara de Vereadores do Rio, Jorge Felippe (DEM), uma vez que o vice na chapa vencedora em 2016, Fernando Mac Dowell, faleceu em 2018 vítima de um enfarte.>