Curitiba é eleita a 'mais inteligente' do Brasil

Salvador é a 17ª no ranking das 100 smart cities do país 

Publicado em 5 de setembro de 2018 às 20:51

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

O Ranking Connected Smart Cities 2018 divulgou a lista das 100 cidades mais inteligentes do Brasil, durante evento que foi encerrado nesta quinta-feira, 05, em São Paulo. A primeira na classificação geral deste ano é a capital do Paraná, Curitiba, que ultrapassou a capital paulista, líder em 2016 e 2017. O estudo, elaborado pela consultoria Urban Systems avaliou 700 municípios para mapear aqueles com maior potencial de desenvolvimento tecnológico. 

Salvador aparece na 17ª posição do ranking nacional, mesma posição de 2017, mas obteve classificações importantes em duas das 11 categorias do Connected Smart Cities 2018: Mobilidade e Acessibilidade (6º lugar entre as nacionais e 1º no Nordeste) e Governança (9º lugar na lista geral). 

A Bahia aparece ainda representada pelos municípios de Bom Jesus da Lapa, a 9ª entre as smart cities nacionais na categoria Meio Ambiente; Caitité, a 2ª no ranking nacional no eixo Energia; e Feira de Santana, a primeira do Nordeste na categoria Urbanismo.

As outras categorias avaliadas pelo programa são tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança e empreendedorismo.

O Ranking Connected Smart Cities foi lançado em 2015 e está na 4ª edição. A metodologia foi desenvolvida a partir do levantamento das principais publicações nacionais e internacionais sobre o tema Cidades Inteligentes, Conectadas e Sustentáveis. 

Com base nesses três temas, foram elencados 70 indicadores em 11 categorias. A coleta de dados se deu por entidades e órgãos como ministérios, secretarias de governo, agências reguladoras e de fomento, entre outros.

Curitiba conquistou o 1° lugar no ranking geral, 2º em Empreendedorismo e Urbanismo, 3º em Tecnologia e Inovação e o 1º lugar em Governança. São Paulo foi a 2ª colocada na lista geral, seguida por Vitória (ES), Campinas (SP) e Florianópolis (SC). Na sexta colocação ficou o Rio de Janeiro (RJ), seguida por Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Santos (SP) e Niterói (RJ) na 10ª colocação.  Salvador integra programa internacional da Fundação Rockefeller para estimular a resiliência urbana (Foto: Márcio Costa/CORREIO) Salvador Resiliente

Além de integrar o Ranking Connected Smart Cities, Salvador também participa do projeto 100 Resilient Cities (100RC), da Fundação Rockefeller. Com o objetivo de apresentar um resumo sobre o processo para a construção da resiliência na capital baiana, o 100RC está elaborando, em parceria com a Diretoria de Resiliência de Salvador, que integra a Secretaria Municipal de Cidade Sustentável e Inovação (Secis), o PRA - Relatório de Avaliação Preliminar para Desenvolvimento da Estratégia de Resiliência. A proposta do documento é identificar temas emergentes e transversais para nortear a construção da resiliência na cidade.

“O PRA é a primeira fase de um processo de três etapas. Com ele conseguimos fazer uma avaliação inicial da resiliência e das questões que precisam ser exploradas no município mais profundamente. O próximo passo agora é definir as oportunidades-chave e iniciativas para abordar as questões de resiliência em Salvador. Por último, iremos focar na implementação destas iniciativas identificadas durante o processo, colaborando para a construção da resiliência e garantindo assim o funcionamento da cidade”, explica Adriana Campelo, Diretora de Resiliência de Salvador e uma das palestrantes do seminário Sustentabilidade do Agora, o primeiro do Fórum Agenda Bahia 2018, que aconteceu em 8 de agosto.

Este ano, o fórum, que está na sua nona edição, terá ainda em sua programação um segundo seminário, Humanize-se, que vai acontecer em novembro. Outro evento que integra a programação do Agenda Bahia 2018 é o Desafio de Inovação Acelere[se], que começou em agosto e oferece um programa de mentorias e capacitações especializadas para acelerar 8 startups baianas. 

Para a elaboração do PRA, as equipes de 100RC e da Prefeitura de Salvador usam diferentes metodologias, como o workshop de lançamento do programa, no ano passado, entrevistas com líderes de diferentes setores, levantamento de informações estatísticas e consultas com atores sociais e de setores estratégicos da cidade. 

O 100RC e a prefeitura também estão realizando workshops e consultorias para disseminar o conceito de resiliência urbana entre a população. Através do Inventário de Ações as equipes também trabalharam para capturar as percepções e fatores que contribuem para a resiliência da cidade. A compilação de informações nesta ferramenta identificou as oportunidades na construção da resiliência urbana a partir de planos e iniciativas existentes e ainda lacunas na agenda pública da cidade.

Os resultados preliminares mostram que os doze temas da estrutura de resiliência estão cobertos por ações, o que indica que Salvador se encontra desenvolvendo projetos diversificados e em distintos setores. 

“Alguns setores, como economia e sociedade aparecem com grande cobertura, enquanto outros, como saúde e bem-estar, ainda apresentam um número bem baixo de ações. Este resultado não significa que a cidade não esteja atuando de maneira efetiva nestas áreas, é apenas uma indicação do número de ações prioritárias com relação as áreas de resiliência. Com estes dados conseguimos saber onde podemos concentrar mais o nosso trabalho na construção de uma Salvador mais resiliente”, detalha Adriana.

*Com Agências