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Daniel: talento e caráter de craque baiano

  • Foto do(a) author(a) Paulo Leandro
  • Paulo Leandro

Publicado em 7 de julho de 2019 às 05:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: .

Nem tentem defender juiz ladrão! Hoje tem Daniel Alves em campo: talento e caráter em um grande capitão baiano. Que tal conhecer a verdadeira história desse ídolo, sem os costumeiros chutes que somos obrigados a tentar defender nas resenhas e transmissões?

Duas fontes confiáveis nos fornecem as informações direto do túnel do tempo. São elas: a jornalista de Juazeiro Cristiana Laura e o repórter Nelson Barros Neto, autores de belas reportagens sobre o juazeirense bom de bola e de coração.

Como todo jogador que vem bem de baixo, a primeira coisa que ele comprou, ao ganhar dinheiro, foi uma casa de verdade para os pais, que passaram a tomar conta de troféus, medalhas e camisas por onde Daniel exibiu seu talento e caráter.

Daniel sempre deu gosto a mamãe Lúcia, passando de ano na escola. Já seu Domingos via no fôlego e na destreza do filho uma oportunidade nas peneiras promovidas com mais boa vontade que estrutura pelo professor dr. em futebol de base, Caboclinho.

Então, estamos combinados a partir deste parágrafo, oquei? Quem revelou Daniel Alves não foi o Bahia nem o Juazeiro e sim o Umbuzeiros, campeão do distrito de mesmo nome, na zona rural, onde Caboclinho mantinha sua pequenina e grandiosa escolinha de sonhos.

Se querem ser comprometidos com a verdade, como Mr. Glenn, queiram anotar o nome de quem revelou Daniel Alves: Bartolomeu de Brito Monteiro, nome de batismo de Caboclinho, que atribuía ao pai de Dani, seu Domingos, todo o apoio, apesar da pobreza.

Dani voltava pra casa chorando porque não tinha calçado pra jogar, nem mesmo um par de tênis, que ele sempre pedia emprestado. Esse caráter, forjado na dor e na dificuldade, fez dele um homem grato às chances que abraçou na carreira. E sensível aos humildes.

Para a irmã Lucilene, Daniel mandou montar um salão de beleza com o que havia de melhor. Hoje, sempre que pode, envia remessas de chuteiras da melhor qualidade para a rapaziada de Umbuzeiros, um lugar como tantos perdidos no Brasil de Darcy Ribeiro.

Poucos sabem também, e só a união do jornalismo e da pesquisa nos salva da mentira, que o irmão Nei já jogava no Juazeiro Social Clube do nosso querido amigo e dirigente Carlos Humberto quando Dani foi levado ao time infantil.

O valor fraternidade, presente no vermelho da bandeira da Bahia, como a inspirar nossa melhor moralidade, uniu os dois irmãos até a transferência para o Bahia, e depois o Sevilla da Espanha, de onde decolou para a carreira de sucesso após sucesso.

Nei continuou cuidando das memórias da coleção de vitórias do irmão, que deslancharam após o Bahia vendê-lo, “a preço de banana”, segundo os entusiasmados jornais espanhóis. Foi estranhamente vendido cinco vezes menos que o valor de mercado!?

Nada se comprovou de ilegal, embora a incompetência seja inegável. Não era prática incomum o acerto de um valor a maior, não declarado nas treitas entre os cordeiros vestidos em pele de dirigentes. Nesse período arcaico, o Bahia não era dirigido e sim digerido.

Da tímida estreia pela Seleção contra o Kuwait, substituindo Maicon na goleada de 4x0, lá se vão 13 anos, número da camisa que ele veste hoje como capitão. O velhinho Dani é hoje o craque mais confiável do Brasil sob todos os aspectos.

Paulo Leandro é jornalista e professor Doutor em Cultura e Sociedade.