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Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2019 às 05:00
- Atualizado há um ano
Na minha sã (in)sapiência e impaciência sessentã, proponho: nova Constituição Federal deverá instituir artigo no qual seja estabelecido que todo presidente da república eleito será submetido a rigoroso Exame de Saúde Mental. Desse teste – formatado por sumidades da psiquiatria mundial e nacional – o político avaliado receberá 3 Índices de Sanidade (IS): 1. Alfa (baixo grau de loucura). 2. Beta (médio grau). 3. Gama (alto grau).
[O presidente Alfa tomará posse, sem perrengues. O Beta deverá responder a candente questão: 'Como demonstrar a diferença entre 1 homem e 1 tijolo?' Quem não souber decifrar este (falso) enigma – spoiler; resposta no último parágrafo – sofrerá impeachment. Quem matar a charada receberá faixa presidencial na data aprazada. O Gama será afastado do poder e internado em manicômio].
Também do alto do meu (não) saber – 3 décadas sentado, ou deitado, em divãs diante de psicanalistas skinnerianos, junguianos, freudianos e lacanianos -, presumo-me capaz de eu mesmo traçar diagnóstico impressionista da saúde mental dos presidentes da república a partir do meu nascimento. Aqui e agora revelo apenas 5 curtos diagnósticos:
1. Juscelino (1955-1960). Apesar de o acusarem de torrar zilhões dos cofres públicos na construção de Brasília, genialmente concebida por Oscar Niemeyer, eu o amo exatamente por isso. Entre os anos 1990 e 2000 vivi nesse lugar 10 anos, dos quais 5 foram dos + felizes de minha vida. Além disso, JK me acendeu certa esperança infanto-juvenil de que algum dia este país viraria nação – nunca virou: somos rebanhos de gentes. [IS: Alfa].
2. Jânio (31 de janeiro a 25 de agosto de 1960). Não fosse a (in)divina providência, teria sido mero louco de rua – com a devida vênia do dos loucos de rua, pelos quais tenho imensa compaixão.
3. Artur, Emílio, Ernesto e João Baptista (1964-1985]. Essas 4 bestas do apocalipse comandaram ditadura draconiana com abnegação e sadismo: foram loucos Gama de alta periculosidade.
4. Fernando (15 de março de 1990 a 29 de dezembro de 1992). A bordo de práxis política esquizofrênica, eu sempre o vislumbro como o ‘dodio de pedra’ daquela estação, Gama total.
5. Itamar (30 de dezembro 1992 a 31 de dezembro de 1994) – Mal humorado, temperamental, e, reza a lenda, probo, teve a sorte de a presidência lhe cair no colo e o Plano Real, que ajudou a implantar, bombar. Índice Alfa pra ele que ele merece.
Quanto a João (7 de agosto de 1960 a 31 de março de 1964), José (1985-1990), Henrique (1995-2003), Luiz (2003-2010), Vana (1 de janeiro de 2011 a 31 de agosto de 2016), e Elias (31 de agosto de 2016 a 31 de dezembro 2018), prefiro reservar meus diagnósticos impressionistas para momentos de menor chorume político no Brasil. Ah, sim, desde o começo do ano tem o Jair (2019-?). Cara de coalhada azeda, afoga-se em ‘voltares-atrases’ que entontecem o país. Numa expressão: azêmola arrogante. N’outra: Gama da gema.
[Resposta do (falso) enigma sugerido no segundo parágrafo: jogue o tijolo e o homem na parede, o que uivar é o homem].