Decisivo e goleador, Rossi vive nova fase sob o comando de Dado

Atacante balançou as redes seis vezes nos últimos cinco jogos

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 11 de março de 2021 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

No futebol é mais do que clichê dizer que vida de jogador é como uma roda gigante. Em um instante o atleta pode estar lá no alto, venerado pela torcida, mas basta um erro, ou um momento de inconstância, para tudo ir por água abaixo. 

No Bahia, o atacante Rossi tem experimentado momentos de amor e ódio. Contratado no início da temporada passada, o “búfalo”, como é apelidado, chegou com enorme expectativa, principalmente pela garra demonstrada nos clubes por onde passou. 

Em campo, as coisas demoraram para acontecer. Junto com o time, Rossi acumulou fracassos, um início com atuações ruins e viu a expectativa dos tricolores se transformar em frustração. Mas na roda gigante do futebol, o atacante tem conseguido dar a volta por cima e agora experimenta o gosto doce do bom momento.

Conhecido por fazer poucos gols, Rossi agora vive fase artilheiro. O camisa 7 balançou as redes seis vezes nos últimos cinco jogos. Foram três tentos só na goleada sobre o Campinense, por 7x1, na última terça-feira, pela primeira fase da Copa do Brasil. 

A redenção do atacante começou no momento em que o Bahia mais precisava. Na reta final do Brasileirão, ele anotou gols contra Atlético-MG, Fortaleza e Santos, ajudando o Esquadrão na fuga contra o rebaixamento e classificação à Copa Sul-Americana. 

Para ter uma ideia, até o tento diante do Galo, que decretou o empate tricolor em 1x1 e abriu a fase goleadora, o jogador havia balançado as redes apenas duas vezes com a camisa do Bahia, e em momentos bem espaçados. Rossi precisou de 14 jogos para desencantar pelo Esquadrão, depois viveu jejum de nove partidas até chegar ao segundo gol e passou em branco em mais 24 duelos até marcar perante os mineiros. 

Uma das explicações para o melhor rendimento do atacante passa pela chegada de Dado Cavalcanti. Sob o comando do treinador, Rossi passou a jogar mais perto da área e com maior chance de finalização. 

“Os nossos extremos estão jogando um pouco mais por dentro. Eles fazem uma função muito mais próxima do Gilberto porque eu entendo que a amplitude, a largura do campo, deve ser preenchida pelos nossos alas [...] encontramos um corredor de desafogo onde muitas vezes eu via que Rossi ocupava o lugar de Nino nas ultrapassagens. Eu precisava liberar esse corredor para usar do Nino o melhor que ele pode nos dar. Por conta disso, os nossos extremos não são pontas abertos, eles sempre vieram por dentro, preenchem os espaços entre linhas, abrindo espaços nos corredores”, explicou o técnico durante entrevista ao canal Sou Mais Bahia.

Plasticidade Além de colocar o pé na forma e ser decisivo para o Bahia, Rossi tem se destacado ainda bela beleza dos gols. Dos seis tentos marcados nos últimos jogos, pelo menos três podem ser classificados como golaços. Contra o Atlético, ele e soltou uma bomba sem chances para Everson. Já diante de Santos e Campinense, o jogador abusou da plástica em dois bonitos voleios.   “Rossi vem passando por um momento de muita confiança. Vem arriscando jogadas e vem sendo decisivo. Isso é bom, contribui com nossa equipe, não só com os gols, mas contagia nosso time dentro de campo”, elogiou Dado. 

Com Rossi mais decisivo, o Bahia mira agora o clássico contra o Vitória. No sábado, o Esquadrão encara o rubro-negro, às 16h, no Barradão, no primeiro Ba-Vi da temporada. A partida será válida pela 3ª rodada do Nordestão.