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Advogados dizem que ela se sente segura para falar agora que ele está preso
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2021 às 10:44
- Atualizado há um ano
A defesa de Monique Medeiros mudou a versão apresentada por ela sobre o dia da morte do filho, Henry Borel, de 4 anos. Os advogados, que pedem que ela seja ouvida em novo depoimento, dizem agora que ela já foi agredida e chegou a ser enforcada pelo namorado, Dr. Jairinho. Os dois estão presos suspeitos pela morte da criança.
Monique separou a defesa da de Jairinho, contratando Thiago Minagé, Hugo Novais e Thaise Mattar Assad. Agora, eles alegam que com a prisão temporária do político, Monique se sente mais tranquila para falar a verdade sobre como era a relação dos dois e com a criança. Inicialmente, ela disse à polícia que eles levavam uma vida harmoniosa. Agora, os defensores dizem que ela vivia uma rotina de agressões.
Dizem também que a dinâmica do que aconteceu no dia da morte de Henry no apartamento em que a família vivia “foi diametralmente oposta ao que foi colocado”.
"Tanto a babá, quanto a ex-namorada afirmaram ter medo dele (de Jairinho). Será que a única pessoa que não teve o depoimento influenciado por Jairinho foi Monique? É uma questão de raciocínio", disse Hugo ao jornal O Globo.
Os defensores fizeram um documento solicitando o novo depoimento. "Se o objetivo do inquérito é buscar a verdade dos fatos, em todos os seus contornos, não se justifica a demora na nova audição de Monique pedida pela defesa", diz trecho.
Monique e Jairinho foram presos no último dia 8, acusados de atrapalhar a investigação e ameaçar testemunhas, como a babá da criança, que mentiu em depoimento e já foi ouvida novamente.
Covid Presa, Monique testou positivo para covid-19 nesta segunda-feira (19), informa a TV Globo. Ela, que está presa por envolvimento na morte do filho, foi levada para o Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho.
A professora se queixou de sintomas de covid-19 e foi realizado um exame nela para detectar a doença, que deu positivo. Monique ficará em isolamento no hospital. Não foram divulgados detalhes sobre o estado de saúde dela.
Caso Henry O menino Henry Borel, 4 anos, deu entrada já sem vida em um hospital do Rio na madrugada do dia 8 de março, com vários ferimentos contundentes no corpo. O padrasto, o vereador Dr. Jairinho (Solidariedade), e a mãe, Monique, disseram que tinham achado a criança caída ao lado da cama, já desacordado.
A polícia já ouviu 18 testemunhas na investigação, incluindo a mãe, padrasto, o pai, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, e a avó de Henry, Rosângela Medeiros da Costa e Silva. Três médicas do hospital para onde o menino foi levado, vizinhos, a babá, a professora, a psicóloga e duas ex-namoradas de Jairinho também prestaram depoimento, entre outros.
Jairinho e Monique foram presos preventivamente por conta do caso. O delegado responsável diz ter certeza que o vereador matou o menino e a mãe foi conivente.