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Jairo Costa Jr.
Publicado em 16 de agosto de 2021 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
O ex-prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto, trabalha para atrair parte dos deputados federais do PTB que estão prestes a deixar o partido no rastro da prisão do principal cacique da sigla, Roberto Jefferson. Segundo apurou a Satélite, as conversas com parlamentares petebistas já vinham sendo tocadas antes do cerco do Supremo Tribunal Federal a Jefferson, mas tinham como horizonte março do ano que vem, quando será aberta a janela para trocas de legenda sem risco de enquadramento por infidelidade partidária. Contudo, a prisão criou condições para que deputados do PTB aleguem justa causa ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e migrem em curto prazo para outro partido.>
Rota de fuga “Há de fato interesse grande de integrantes do PTB no DEM. É possível que nove dos dez deputados da bancada deixem a legenda. Parte tem o Democratas como destino ideal”, disse o ex-deputado baiano Benito Gama, que deixou a vice-presidência nacional do PTB e se filiou ao Pros após a guinada bolsonarista de Jefferson. >
Modo silencioso Procurado para comentar as eventuais negociações com a tropa petebista na Câmara, ACM Neto não respondeu aos contatos feitos pela coluna. Aliados próximos ao presidente do DEM afirmaram que, por hora, a posição de Neto é manter todas as articulações do partido fora do radar da imprensa. Sobretudo, destacaram, porque estão em curso costuras com amplo alcance nacional.>
Baixa de peso Dias antes da prisão de Jefferson, o PTB havia perdido sua principal líder no interior baiano. Criadora do Movimento das Donas de Casa e Consumidores de Vitória da Conquista e ex-prefeita da cidade até 2020, Irma Lemos entrou no DEM, partido da filha, a prefeita Sheila Lemos, que herdou o cargo com a morte de Herzem Gusmão (MDB) por covid.>
Parada obrigatória O alto grau de incerteza no cenário da sucessão presidencial levou o núcleo político do governo Rui Costa (PT) a frear a montagem da estratégia para a disputa no estado. De acordo com cardeais governistas, a retomada só ocorrerá quando o céu de Brasília ficar mais claro. >
Sai e entra Com a volta das coligações proporcionais aprovada na Câmara, cresceu o risco de debandada em legendas com expressão nos estados. Especialmente, naquelas em que o grande volume de candidatos competitivos a deputado reduz a chance de quem tem menor capilaridade. A tendência, apontam políticos com expertise em dinâmica eleitoral, é que partidos fortes nacionalmente recebam adesão em massa onde são mais fracos, assim como siglas nanicas.>
Acerto de conta Quase dez anos depois de deixar a prefeitura de Canavieiras, Zairo Pinto, que comandou a cidade de 2005 a 2012, foi condenado pelo TCU a ressarcir R$ 147 mil aos cofres públicos por irregularidades em um convênio com o Ministério da Justiça. De quebra, terá que pagar multa de R$ 50 mil.>
Pedido de impeachment de Bolsonaro contra os ministros Barroso e Moraes tem cunho político. O presidente acha que rende votos, imita Daniel Silveira e Roberto Jefferson. É plágio Otto Alencar, senador pelo PSD da Bahia >