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Caso foi em Campo Grande; família diz que ele sofria depressão
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2021 às 13:22
- Atualizado há um ano
O dentista Gustavo dos Santos Lima, de 27 anos, que foi vítima de homofobia em um posto de vacinação, foi achado morto na madrugada desta quinta-feira (14) em Campo Grande (MS), na casa em que morava com os pais. A família diz que Gustavo já lutava contra a depressão há anos. A causa da morte não foi divulgada.
No dia 21 de agosto, uma mulher recusou o atendimento de Gustavo para a filha adolescente, afirmando que a jovem não seria vacinada "por esse tipo de gente, viado". Ele era residente em uma unidade básica de saúde e vacinador voluntário em postos de imunização contra a covid-19.
Na época, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) repudiou a situação e instaurou uma sindicância para apurar o caso. Gustavo disse na ocasião, em entrevista ao G1, que a situação o "entristeceu demais".
O irmão dele, Adriano Lima, 35 anos, diz que Gustavo passou a tomar medicamentos após o episódio, sofrendo uma piora. “Aquilo deu uma reviravolta maior na vida dele, começou a tomar mais remédios, se sentiu muito triste. Mas ele sempre foi alguém que batalhou muito na vida, que lutou por muita gente. Por isso, ele voltou a trabalhar, voltou a vacinar, voltou a estudar e buscou forças para seguir em frente”, disse Adriano ao jornal Campo Grande News.
Ele disse que a família procurou sempre apoiar Gustavo e dar o suporte que ele precisa, mas "infelizmente ele não resistiu".
A Sesau lamentou a morte de Gustavo. "Em suas publicações nas redes sociais, se mostrava realizado e satisfeito com o trabalho que vinha realizando no apoio à saúde da população do município", diz a nota. "A secretaria se solidariza com a dor de amigos e familiares e também sofre por esta perda tão dura".