Dependência de celular atinge 23,3% de crianças e jovens

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 4 de dezembro de 2019 às 17:23

- Atualizado há um ano

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O que, na prática, parecia certo agora é, de fato, comprovado cientificamente. A dependência de crianças, adolescentes e jovens até 25 anos aos celulares chega a 23,3% segundo um estudo publicado por psiquiatras do Centro de Biomedicina (BMC) da universidade King’s College, de Londres, na última sexta-feira (29). De acordo com Samantha Sohn, Phillipa Rees, Bethany Wildridge, Nicola J. Kalk e Ben Carter, que assinam o artigo, a dependência de smartphones precisa ser tratada como um distúrbio psiquiátrico. O estudo envolveu 41.871 crianças e jovens, sendo 55% do sexo feminino, entre 2011 e 2017. O Uso Problemático de Smartphones (PSU, sigla em inglês) foi definido como qualquer comportamento vinculado a smartphones que possui as características de um vício e que foi associado a um aumento de risco de depressão (78%), ansiedade (80%), estresse (65%) e baixa qualidade de sono (78%).

Os cientistas encontraram sintomas como sentir pânico ou transtorno quando o telefone não está disponível, encontrar dificuldades para controlar a quantidade de tempo gasto no telefone e para usá-lo em outras atividades agradáveis. 

“Nosso estudo avalia os efeitos não apenas do uso pesado, mas do uso disfuncional de smartphones e, observando um padrão de comportamento ‘viciado’ em relação aos aparelhos, estabelecemos correlações entre esse tipo de comportamento disfuncional e os piores resultados de saúde mental”, diz o estudo.

“As populações mais jovens são mais vulneráveis ao desenvolvimento de psicopatologias e comportamentos prejudiciais; e condições de saúde mental estabelecidas na infância podem moldar o curso da vida subsequente”, concluem os cientistas ingleses. O estudo, em inglês, pode ser conferido aqui.