Deputado federal do PSL pede prisão de Glenn Greenwald à PGR

Parlamentar crê que o jornalista seria 'coautor dos crimes cibernéticos'

  • D
  • Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2019 às 17:07

- Atualizado há um ano

. Crédito: Evaristo Sá/AFP

O deputado federal Filipe Barros (PSL) protocolou na Procuradoria Geral da República (PGR) um pedido de prisão temporária de Glenn Greenwald. Ele acredita que há indicíos de que o jornalista teria financiado os "hackers" que invadiram o celular do ministro e ex-juiz Sergio Moro, além de outros integrantes da Força-tarefa da Lava Jato.

Além disso, Filipe crê que Glenn seria coautor dos crimes cibernéticos. O parlamentar argumenta que a prisão serviria para "melhor apuração do caso".

No Twitter, o deputado listou os motivos que o fizeram tomar tal atitude. Confira:

O jornalista disse, tempos atrás, que tinha preocupação com a integridade do hacker. Ou seja, agiam deliberadamente em conjunto. O hacker assumiu que mantinha diálogos com Greenfraude e que passou os diálogos a ele sem cobrar nada. Porém, o advogado de um dos hackers disse que seu cliente iria vender o suposto material para o PT. Pergunto: Se o hacker queria obter vantagem financeira vendendo o material, porque passaria gratuitamente ao Greenfraude?

       3. COAF identificou R$ 630 mil em transações suspeitas dos presos.

       4. PF encontrou R$ 100 mil, em notas vivas, na casa de outro preso.

A proximidade de Greenfraude com os hackers está evidente, me levando a crer que agiram em conjunto, como coautores dos crimes previstos na Lei 12.737/2012. 

Ao contrário do que o jornalista tem alegado, que teria apenas recebido o material sem saber sua origem.

Faz-se necessário, portanto, a devida apuração da relação entre Greenfraude e os hackers. 

Parafraseando Cazuza: as ideias do jornalista não correspondem aos fatos.