Desenhista, coreógrafo e cineasta é o funcionário mais recente do CORREIO

Do amor aos carros, Marcus passou pelo cinema e chegou ao jornalismo

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  • Fernanda Santana

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 02:16

- Atualizado há um ano

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Aos três anos, Marcus Barbosa, 25, teve o primeiro contato com revistas de carro. Começou a desenhar veículos e, pela família, corria a previsão de que o menino seria desenhista. Um pouco mais crescido, assistiu à obra de Charles Chaplin e conheceu Jackie Chan. Uniu as referências. Antes dos 15, produzia, sozinho, curta-metragem, coreografias de luta, roteiros e dublagens. De desenhista ganhou fama de “cineasta” entre pais, tios e primos. O funcionário mais recente do Correio é, definitivamente, um autodidata. Marcus Barbosa: de coreógrafo a cineasta (Foto: Reprodução/Instagram) O que não sabiam os familiares é que Marcus se tornaria de tudo um pouco e aprenderia tanto sem nenhuma orientação. Desenhista, videomaker, editor, cineasta e coreógrafo. É fluente em inglês, francês, espanhol e arranha no mandarim. Nunca imaginaram, também, a experiência do jovem na redação de um jornal. Marcus, na verdade, foi convidado pelo jornal para uma entrevista sobre suas experiências profissionais.

CLIQUE AQUI E VEJA ESPECIAL COMPLETO CORREIO 40 ANOS+“Aí Wlad [Wladmir Pinheiro, editor do Correio24horas] veio falar comigo que precisavam de alguém e perguntou se eu não tinha interesse”, conta.Dos três meses no jornal, Marcus faz um resumo: “Cheguei pensando que seria um lugar super agitado. O ambiente... bom... tem correria, mas tem energia. E a energia é muito boa”. Mas como um apaixonado por carros chegou ao cinema, à luta e a uma redação de jornalismo, sobrepondo as referências, nem ele próprio sabe.“Nada vem separado. O amor une todas coisas. Eu sou apaixonado por automóveis. Você me perguntar ‘por que carros?’ é a mesma coisa de me perguntar ‘por que cinema?’. Talvez seja como um membro do corpo”.Se na infância estava convicto dos próprios gostos, na adolescência passou a escondê-los. Era incompreendido por gostar de tudo que gostava, já que ninguém compartilhava o mesmo entusiasmo. “Ser você mesmo tem consequências quando você está na adolescência. Nessa época, até abandonei um pouco cinema”, recorda. Mas não demorou muito para voltar.

Hoje, já tem oito filmes produzidos – sete curtas e um média-metragem –, teve as peripécias mostradas em jornais e televisão e se entende um pouco mais. “Quando você olha para trás, você entende que a trajetória não é competição, é jornada mesmo”, conclui.