Dia do Rock: Festival recebe Ratos e Porão e o Camisa de Vênus

A banda Drearylands abriu o festival na Concha Acústica, que contou também com a participação da Malefactor; Amanhã tem Planet Hemp, Pedro Pondé e Alguimea

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  • Priscila Natividade

Publicado em 13 de julho de 2019 às 21:13

- Atualizado há um ano

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O forrozeiro Zelito Miranda, confessa: tem alma de roqueiro por Foto: Arisson Marinho/ CORREIO

A velha guarda do rock. Mas também pode chamar de galera da resistência. O público que curte a batida intensa e ‘revolucionária’ do gênero que fez parte da trilha sonora de muitas gerações marcou presença na Trigésima edição do Festival Rock Concha, que aconteceu na noite deste sábado (13), na Concha Acústica do Teatro Castro Alves. 

No Dia mundial do Rock, para eles, o negócio é o rockão antigo, ‘que não tem perigo de assustar ninguém’, como diria o baiano Raul Seixas e como apoia o economista Dimas Scarrel, de 67 anos. “Para alguns é barulho, mas não. Música é vida. Sou de uma época que respirava isso. Rock de verdade é isso aqui”, afirma o economista, que curte o estilo desde jovem. “Sou de 1967. Naquela época estava começando o Festival de Woodstock. Depois veio Raulzito e Marcelo Nova surgindo aqui na Bahia. Só qualidade”, completa. 

No palco, os principais representantes do gênero. A banda Drearylands abriu o festival, que contou também com a participação da Malefactor. Em seguida, Ratos de Porão subiu ao palco sob o comando do vocalista João Gordo. O encerramento ficou por conta da Camisa de Vênus, que junto com Marcelo Nova relembrou os clássicos dos quase 40 anos de carreira da banda. “O que mantém a cena do rock viva é o show. Isso tem que continuar na terra do axé”, afirma João Gordo, que trouxe para o Festival a comemoração dos 30 anos do disco Heavy Música do Brasil. 

‘Tiozinhos do Rock’

A festa estava boa para fãs como o forrozeiro Zelito Miranda, de 61 anos. Sim, o cantor tem alma de roqueiro. “Minha formação musical foi com o rock. A gente vai vivenciando outros estilos e acabei caindo no forró, mas continuo gostando muito de rock. É pau puro e eu sempre procuro colocar uma pitada disso no meu forró”, confessa. 

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O securitário Cid Rui, de 55 anos também é mais um roqueiro fervoroso. “Rock é minha vida. Ele entrou na minha vida quando eu tinha 16 anos e não saiu mais. O rock pra ser rock tem que ter essência e a Bahia é boa nisso”. 

E o tributo ao rock pauleira só termina amanhã (14). No segundo dia de Rock na Concha tem shows das bandas Alguimea, Planet Hemp e do cantor Pedro Pondé. Os portões abrem a partir das 15h30 e as apresentações têm inicio a partir das 17h. Os ingressos custam R$ 100 (inteira)/ R$ 50 (meia) e R$ 200/ R$ 100 (camarote).