Diagnóstico precoce do câncer de mama aumenta expectativa de cura

Prevenção, detecção e tratamentos foram abordados pela oncologista Ana Paula Banhos no Programa Saúde & Bem-Estar do CORREIO

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  • Victor Lahiri

Publicado em 20 de outubro de 2020 às 20:48

- Atualizado há um ano

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Anualmente, durante o mês de outubro, o país se veste de rosa. A campanha do conscientização em relação aos cuidados e a atenção com câncer de mama é uma mobilização que envolve os mais diversos grupos sociais, afinal é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, no Brasil e no mundo, correspondendo a cerca de 25% dos casos novos da doença a cada ano. 

Como parte da campanha o jornal Correio promoveu uma edição especial do Programa Saúde & Bem-Estar com a oncologista Ana Paula Banhos, e mediação da jornalista Doris Miranda. A live contou com patrocínio do Hapvida, parceria do Sebrae, apoio da Claro e arte de Marina Baggio. No bate papo, a médica falou sobre prevenção, detecção de tratamentos da doença, além de tirar dúvidas dos seguidores que acompanharam a transmissão.

A oncologista revelou que a projeção do INCA entre 2020 e 2022, é que mais de 66 mil novos casos de câncer de mama serão diagnosticados no Brasil. Isso representa um risco que gira em torno de 61 casos a cada 100 mil mulheres. E por se tratar de uma doença cujo surgimento é relacionado a múltiplas causas, o processo de prevenção é focado no controle dos fatores de risco que envolve em grande parte das suas ações, a adoção de uma vida saudável.“São aqueles conselhos de vovó, se alimentar bem, não fumar, evitar bebidas alcoólicas praticar atividades físicas regulares. Tudo isso reduz a incidência da doença”, afirmou.Ana Paula também destacou a importância do diagnóstico precoce, apontando que a detecção em estágios iniciais pode elevar substancialmente as probabilidades de sobrevivência da paciente. “É preciso ter sempre uma atenção redobrada, pois o quanto antes for descoberto maior a variedade de tratamentos que podem ser adotados e também maior é a expectativa de sobrevivência da paciente nos cinco primeiros anos, para isso deve ser feito o exame de toque periodicamente e também o acompanhamento médico”, explicou. 

A médica ainda comentou que apesar do cuidado precisar ser redobrado a partir dos 40 anos, atualmente cerca de 30% dos casos de câncer tem se manifestados em mulheres mais jovens.

Segundo a médica, o avanço da tecnologia possibilitou que os tratamentos de combate ao câncer de mama sejam cada vez mais individualizados. Uma vez diagnosticado o tipo e a gravidade do quadro, tratamentos cada vez menos agressivos podem ser utilizados, reduzindo o impacto na vida da paciente.“Hoje com o avanço nos tratamentos, temos formas de trazer cada vez mais qualidade de vida ao paciente. Além disso buscamos envolver a psicólogo e nutricionista para garantir o bem-estar tanto físico como psicológico”.O envolvimento familiar é um outro ponto importante na luta contra o câncer de mama, segundo a oncologista Ana Paula Banhos, a médica relatou que em casos de mastectomia, até 70% dos maridos abandonam o casamento. “É um processo que mexe muito com a auto estima, e eu costumo dizer que a mulher precisa se ver como uma fênix que após a perda das penas renasce ainda mais forte, e é assim que vejo as pacientes”, diz. 

Para Ana Paula, além da força de vontade, a atenção e o cuidado diante do câncer de mama tem que partir de uma premissa de amor próprio. “É um cuidado constante, um cuidado consigo. A mulher precisa gostar de si acima de tudo a partir do momento que ela passa a se priorizar e reconhecer a importância de querer o bem do seu corpo ela vai encontrar forças mesmo para se prevenir ou enfrentar qualquer desafio”, concluiu.

Confira o programa completo no IGTV do Correio.

O projeto especial Outubro Rosa é uma realização do jornal Correio, com patrocínio do Hapvida, parceria do Sebrae, apoio da Claro e arte de Marina Baggio.