Diogo Nogueira equilibra novidade e tradição em show na Concha

Cantor apresenta sucessos da carreira e canções que o influenciaram artisticamente

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  • Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2019 às 05:35

- Atualizado há um ano

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Diogo Nogueira vem levantando a bandeira do samba, paixão herdada de berço, há mais de uma década. O equilíbrio entre a tradição e a novidade é marca do artista, que se apresenta nesta sexta (29), na Concha Acústica do Teatro Castro Alves. No repertório, o cantor carioca deixa explícito esse esforço ao unir sucessos da carreira a canções que o influenciaram artisticamente. 

"Tá Faltando o Quê é uma música que lancei no final do ano passado e deu nome a uma turnê que fizemos durante todo o ano, em diferentes cidades do Brasil. No show, eu canto músicas que fizeram parte da minha história, sucessos do samba e da MPB em versões inéditas, e também mostro algumas músicas novas que estão no EP Meu Instinto, lançado em outubro desse ano", detalha.

O show acontece às vésperas do Dia do Samba, mesmo período em que Diogo Nogueira esteve na cidade nos últimos anos. Segundo ele, nada proposital, só uma feliz coincidência. "A gente sempre tem feito shows em Salvador em diferentes momentos do ano, mas no período de início de verão e durante o próprio verão a cidade fica ainda mais festiva e recebe o samba ainda mais empolgada. Adoro fazer shows em Salvador!", comenta o cantor, ao destacar que o último show na Concha foi incrível.

 Diogo faz uma homenagem a grandes mestres como Caetano Veloso (Força Estranha) Gonzaguinha (Um Homem Também Chora-Guerreiro Menino), entre outros, a seus mestres do samba como Zeca Pagodinho (Cabô Meu Pai e Quando a Gira, Girou), Martinho da Vila (Disritmia, além de um pot-pourri), Beth Carvalho (Coisinha do Pai e Camarão que Dorme a Onda Leva) e a seu pai João Nogueira, com o clássico Espelho. "Sempre gostei de cantar em meus shows músicas que fizeram parte da minha formação musical, mas não posso nunca deixar de reverenciar os meus mestres no samba e levo sempre comigo. Tem um pouquinho disso tudo no meu show", explica.

Dentre os sucessos da sua própria carreira, tem algumas músicas que não pode ficar de fora, como Pé na Areia, faixa mais executada do artista nas plataformas digitais. O motivo do sucesso, para ele, é que "a música fala direto com a gente e empolga na primeira audição". "Hoje, já são quase 50 milhões de visualizações no meu canal do Youtube, e isso é um numero muito expressivo para o samba", diz.

Uma das provas de que conciliar novidade e tradição tem dado certo. "Acho eu que o caminho é sempre do equilíbrio, inclusive na vida. Sou filho de um sambista consagrado, trago esse legado comigo, essa responsabilidade com a história do samba e da minha família, mas também preciso viver o meu tempo e buscar um caminho que retrate a minha verdade, daquilo que gosto de cantar e de ouvir e daquilo que fale ao coração e essa busca será sempre permanente", avalia.

Nos próximos dias, além de Salvador, ele passa pelas cidades de Cuiabá, Rio de Janeiro, e São Paulo, onde se apresenta no dia 2 de dezembro, exatamente quando é comemorado o Dia do Samba. Por isso, não terá tempo para curtir as muitas opções de samba na cidade. Sobre a capital baiana, ele diz: "Não temos como falar de samba sem falar na Bahia, suas histórias, seus compositores e, desde o início da minha carreira sou bem recebido pelos soteropolitanos".

Serviço: Concha Acústica (Campo Grande). Hoje, às 19h. Ingressos: R$ 60 | R$ 30 (pista); R$ 120| R$ 60 (camarote). Vendas: bilheteria do TCA, SACs dos shoppings Barra e Bela Vista e www.ingressorapido.com.