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Do Afro Fashion Day para a passarela que você quiser

Desfile é ponto de partida para a carreira nacional e internacional de modelos que saíram da periferia de Salvador

  • D
  • Do Estúdio

Publicado em 1 de dezembro de 2022 às 06:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Fotos: divulgação

Pisar em uma passarela pela primeira vez, viver o alvoroço da produção de um desfile. Estar perto, colado com o mundo da moda e se sentir parte dele. Brilhar em pleno Terreiro de Jesus lotado de gente. Parece sonho, principalmente, para muitos jovens que moram na periferia de Salvador e que batalham pela carreira de modelo, o corre que o close não mostra. Mas na passarela mais preta do país, onde tem espaço para todos os corpos, gêneros e perfis, o sonho não só se transforma em realidade como também é capaz de revolucionar o mercado ao ajudar a projetar modelos pretos que estão conquistando as principais agências do Brasil e do mundo. 

Em seu oitavo ano, o Afro Fashion Day (AFD) se tornou referência e celeiro de talentos para uma moda cada vez mais inclusiva e diversa. Por ele, no dia 19 desse mês, passaram 65 modelos de 14 agências, além de outros 10, descobertos nas seletivas de bairro promovidas pelo jornal CORREIO, realizador do desfile. 

“A forma como o casting do AFD seleciona e apresenta os mais diferentes perfis de modelos, as seletivas de bairro, contribui para inclusão de modelos nessa que é a maior passarela negra desse país. Somando a isso o fato de serem profissionais das mais variadas agências e scouters da cidade, ajuda a trazer para os holofotes perfis de todos os cantos de Salvador, da Bahia”, destaca a diretora da 40° Models Bahia, Léa Mattos, que lembra o nome de alguns desses jovens que hoje inspiram outros a acreditar que podem conquistar a passarela que quiserem. Léa Mattos com modelos baianos do seu time “Um dos exemplos que gosto bastante de citar é a Malu Andrade e sua mãe, Fernanda Andrade. A Malu já está seguindo carreira fora da Bahia, com agências em São Paulo e com foco no mercado internacional e, inclusive, fez esse último desfile da marca baiana Meninos Rei, no São Paulo Fashion Week. Guardem esse nome. A participação dela ajudou ainda sua mãe, que antes só a acompanhava, a iniciar a sua própria carreira. São histórias bonitas e fortes que o evento ajuda a potencializar”.

Léa defende que esse é um movimento que deve ser estimulado por todos do setor. “O perfil dos consumidores é amplo, então é imprescindível que tanto as marcas possam acompanhar essa demanda, como os profissionais do mercado possam direcionar perfis para atender ao mercado. Todos têm que estar abertos a repensar, reavaliar e redesenhar nossas ações com relação à diversidade”. 

O Afro Fashion Day mostra que é possível sim, trabalhar e viver de moda, conforme acrescenta a diretora da 40° Models Bahia.“É evidente que a cada evento, as engrenagens do mercado são abastecidas com novos talentos, pessoas interessadas, marcas novas. Então, o AFD atinge níveis desde a criança que sonha em desfilar, ou o estudante que está ali aprendendo a desenhar suas roupas, até aquele empreendedor que sente que é possível sim trabalhar com moda na nossa cidade. Consumimos e trabalhamos muito pensando no que vem de fora. Porém, devemos buscar sempre um equilíbrio e a valorização das nossas marcas, profissionais e consumidores”.Holofote de talentos

Uma inclusão mais que necessária. Para o booker fashion e produtor de elenco da agência baiana One Models, Pepê Santos, o significado do espaço aberto pelo Afro Fashion Day é de afirmação. “Posso citar inúmeros exemplos como Gabriel Pitta, que desfilou no Afro por 2 anos e hoje está em uma das maiores agências do Brasil. Tenho Santti, que participou da seletiva do TikTok, e chorou muito ao recebeu uma ligação minha informando que estava aprovado para o Afro no Fashion Film. Tem ainda Joice Simas, que é modelo plus dize, também desfilou e saiu diretamente do Afro para São Paulo”.  Pepê Santos no backstage do Afro Fashion Day Pepê pontua, no entanto, que existe um longo caminho a percorrer, mas iniciativas como o Afro quebram essas barreiras quando colocam um modelo preto em um outdoor de uma marca internacional ou em uma passarela renomada. “Já caminhamos e muito. Toda luta e conquista diária merece ser comemorada. Que o Afro possa ser tornar torne exemplo de case de sucesso, levando em consideração diversos talentos que já pisarem nesta passarela e hoje brilham aqui e lá fora”, opina. 

Na preparação desses modelos, o booker faz questão de mostrar que quem vive a experiência do AFD pode encarar qualquer desafio.“A moda, no seu contexto geral, deveria ser mais inclusiva, abrir espaços para que o modelo não tão alto, ou mesmo plus size e corpos não aceitos no seu contexto padrão sejam mais presentes. Ao mesmo tempo é um mercado competitivo e com muita gente talentosa. Para isso, cada modelo precisa estar sempre 100% em tudo que se prontificar a fazer. E o Afro Fashion Day é vida, escola e oportunidade”.  Vult celebra a beleza diversa e periférica

A Vult é um exemplo de empresa que já incluiu a diversidade em suas campanhas. Um exemplo é a coleção Hashtag de maquiagem e esmaltes, que trouxe a ginasta e medalhista brasileira Rebeca Andrade com estrela. Gravado no gravada no centro de São Paulo, ao som do hit Baile de Favela, o filme publicitário foi o primeiro da atleta uma marca de beleza. "A campanha da linha Hashtag não trouxe a cor só por trazer. São as cores da periferia, de onde eu vim. Então eu me senti muito conectada com isso”, contou Rebeca na ocasião.  Rebeca Andrade na campanha da Vult No ano em que celebrou os 18 anos de mercado, a marca do Grupo Boticário lançou também o manifesto "Voa, Que o Mundo É Seu", reforçando seu propósito, origens e incentivo à ascensão feminina periférica. O filme de campanha, gravado em São Paulo e com cenas no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, é narrado pela cantora Lexa e tem participação especial do Balé Na Ponta dos Pés, projeto social criado pela bailarina Tuany Nascimento, e da b-girl Savaz, carioca nascida em Campo Grande e que busca uma vaga na modalidade de breakdance nas Olimpíadas de Paris, em 2024. 

Presente em mais de 35 mil pontos de vendas espalhados por todas as regiões do país, a Vult conta um portfólio completo de produtos para maquiagem, esmaltes, pincéis e acessórios. "Hoje somos uma marca conhecida por democratizar tendências. Temos orgulho de ser uma das líderes no mercado de cosméticos e que viabilizou a maquiagem para muitos consumidores por todo o Brasil, com produtos multifuncionais, desenvolvidos com altos padrões de qualidade, sempre mantendo preços acessíveis e com ótima relação entre custo e benefício", afirma Carolina Carrasco, gerente sênior da marca.

Este conteúdo tem o apoio da Vult.

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