Dois que tiveram contato com infectado pela Delta testam positivo para covid

Não é possível confirmar se as contaminações foram da variante Delta já que não houve sequenciamento do vírus

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  • Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2021 às 19:50

- Atualizado há um ano

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Duas pessoas que tiveram contato com o paciente contaminado pela variante Delta do coronavírus testaram positivo para covid-19. O jovem de 29 anos, morador de Vereda, no Extremo Sul da Bahia, é um dos três casos confirmados da variante na Bahia. Uma morte já foi confirmada.

Alan Barbosa, coordenador da Vigilância Sanitária do município, disse à TV Bahia que não é possível confirmar se as contaminações foram da variante Delta já que não houve sequenciamento do vírus nesses dois pacientes.

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O jovem não viajou para fora do município, mas esteve em um distrito de Vereda, que fica na divisa com Minas Gerais. A contaminação foi confirmada em 10 de julho. Ele teve sintomas leves e não foi internado. O rapaz não estava vacinado.

Variante circula na Bahia há mais de um mês A morte confirmada pela variante Delta no estado ocorreu no dia 14 de agosto. O morador do município de Niterói, no Rio de Janeiro, de 43 anos, estava a bordo de um navio dos Estados Unidos ancorado na Bahia.

Os casos foram detectados há mais de 30 dias, e o navio não está mais no estado.

O homem contaminado apresentou sintomas no dia 15 de julho. Ainda não se sabe se o tripulante estava vacinado.

O terceiro caso confirmado da variante é um homem de 52 anos que mora em Feira de Santana e apresentou sintomas no dia 20 de julho. Ele não estava vacinado e apresentou sintomas leves.

De acordo com a secretária em exercício, Tereza Paim, mesmo que tenha ocorrido monitoramento, a transmissão já é considerada comunitária, já que não se sabe quem levou a variante até os municípios. 

A delta, originalmente conhecida como B.1.617.2, existe desde o final do ano passado, e nos últimos meses tornou-se rapidamente dominante em muitos países. Estimativas apontam que essa variante é entre 60% e 200% mais transmissível do que o vírus original.

A variante Delta apareceu pela primeira vez na Índia. Ela já foi registrada em mais de 120 países e preocupa o mundo por se tratar de uma cepa altamente transmissível. A Bahia foi o 15º estado a confirmar casos no Brasil. 

Estado deve antecipar aplicação da terceira dose Por conta da identificação dos primeiros casos da variante Delta no estado, o governador Rui Costa se reuniu com técnicos da Sesab e propôs o início imediato da terceira dose em todos os municípios que já alcançaram a faixa etária de 18 anos. A previsão era que a aplicação da dose extra fosse iniciada em 15 de setembro. A medida será pauta da reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) prevista para esta sexta-feira (27), que é uma instância deliberativa do SUS que reúne representantes dos 417 municípios. “Hoje, 281 municípios se enquadram nesta característica, sendo que a imunização deverá ser feita, preferencialmente, com uma dose da Pfizer, ou de maneira alternativa, com a vacina de vetor viral da Janssen ou da AstraZeneca”, afirma Tereza Paim. A dose de reforço está estimada para um público superior a 950 mil baianos, e a ação será destinada a todos os indivíduos imunossuprimidos após 28 dias da segunda dose e para pessoas acima de 70 anos vacinadas há 6 meses.

Veja ainda: Novos estudos com a Coronavac revelam alta proteção contra variante delta Veja mais: Vacinas da Pfizer e Astrazeneca são eficazes contra Delta, mas proteção cai com o tempo Além disso, como medida de contenção, a Sesab fará o rastreamento por meio de teste de antígeno e RT-PCR nas regiões onde foram detectadas as variantes. Todos os pacientes internados nas UTIs com Covid-19 terão amostras colhidas e sequenciadas para identificação do tipo da variante. “É preciso que os municípios acelerem a vacinação para impedir o avanço de novas cepas, bem como manter o distanciamento social, higienizar frequentemente as mãos e continuar usando máscara”, ressalta Tereza Paim. A escolha das amostras para o sequenciamento foi baseada na representatividade de todas as regiões geográficas do estado da Bahia, casos suspeitos de reinfecção, amostras de indivíduos que evoluíram para óbito, contatos de indivíduos portadores de variantes de atenção (VOC) e indivíduos que viajaram para área de circulação das novas variantes com sintomas clínicos característicos.