Dólar é vendido a R$ 5,14 em casas de câmbio em Salvador; euro supera R$ 6

Moeda americana alcançou o maior valor da história nesta quinta-feira (5)

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  • Da Redação

Publicado em 5 de março de 2020 às 15:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas

O dólar comercial atingiu os R$ 4,66 nesta quinta-feira (5) e, além dos efeitos na economia, tem preocupado os brasileiros que planejam viajar ao exterior. Isso porque o impacto da alta é sentido diretamente nas casas de câmbio.

Em um levantamento feito em Salvador, o CORREIO encontrou a moeda americana cotada a R$ 5,14, em uma casa de câmbio no Itaigara, através do cartão pré-pago - que tem incidência de 6,38% do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Já quem comprar o dólar em espécie encontra preços que variam entre R$ 4,70 e R$ 4,80.

O menor valor encontrado pelo CORREIO, entre as 10 casas de câmbio pesquisadas, foi de R$ 4,64, em espécie, em uma unidade no Salvador Shopping.

Já o euro chega a custar R$ 5,70 em uma loja na av. Tancredo Neves. Quando vendida em cartão pré-pago, a moeda europeia supera os R$ 6. O melhor preço foi encontrado na Barra, onde ele era comercializado a R$ 5,30.

Recorde A alta encontrada nesta quinta-feira é a 12ª seguida e superou, logo na abertura da sessão, pela 1ª vez o patamar de R$ 4,60, em meio a expectativas de corte de juros devido aos riscos econômicos provocados pelo coronavírus. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reunirá em 17 e 18 de março para definir a taxa de juros, que está em patamar mínimo recorde de 4,25% ao ano.

Segundo o G1, às 14h22, a moeda norte-americana subia 1,72%, cotada a R$ 4,6579, mesmo com leilão extra do Banco Central. Na máxima até o momento, chegou a R$ 4,6624. 

Já o dólar turismo era negociado a R$ 4,8582 sem considerar o IOF. 

No dia anterior, o dólar encerrou a sessão em alta de 1,51%, a R$ 4,5790, novo recorde nominal de fechamento (sem considerar a inflação), após a divulgação dos dados oficiais do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019, que registrou alta de 1,1% em 2019, confirmando resultado mais fraco em 3 anos e desaceleração da economia brasileira no 4º trimestre. No ano, a alta acumulada já passa de 15%.