Dória: 10 mil litros de insumos da CoronaVac foram barrados na China

Quantidade de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) em questão representam 18 milhões de doses de vacina contra a covid-19

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  • Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2021 às 17:42

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

O governador de São Paulo, João Doria, afirmou nesta segunda-feira (10) que 10 mil litros de insumos da vacina CoronaVac foram barrados na China, à espera de autorização para envio para o Brasil. A quantidade de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) em questão representam 18 milhões de doses de vacina contra a covid-19.

"Temos o temor [de atrasar a vacinação]. Faltam insumos. Por quê? Porque o governo da China não autorizou o embarque. Temos 10 mil litros prontos e aguardando a liberação do governo da China. São 18 milhões de doses. É muito necessário para o Brasil. É um problema diplomático, um problema que se dá pelas manifestações sucessivas erráticas e desnecessárias pelo governo federal, do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e seus ministros", disse o Doria.

A oferta reduzida da CoronaVac no Brasil vem causando atraso na aplicação da segunda dose em pessoas que já receberam a primeira. A expectativa é que o governo chinês dê uma resposta sobre o prazo de envio dos próximos lotes até quarta-feira (12). "Nós já interferimos [na negociação pela liberação dos insumos]. Falamos com o embaixador da China, que tem sido atencioso e correto com o governo de São Paulo", explicou o governador de São Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a insinuar na última quarta-feira (5) que o coronavírus pode ter sido criado pela China para dar início a uma "guerra química". Em contrapartida, o governo da China avisou que se opõe com firmeza a "qualquer tentativa de politizar e estigmatizar" a pandemia de coronavírus.

De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, a indefinição para o governo da China liberar a exportação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), necessário para a produção da Coronavac, pode afetar o cronograma de vacinação contra a covid-19 a partir de junho.